por MARIA PAULA AUTRAN
Três cartões de crédito, uma
comprinha aqui, um sapato ali. Quando chegavam as faturas, Alline Lima, 22,
tentava administrar os gastos: a cada mês a assessora comercial deixava de
pagar uma ou duas. Mas os juros faziam a conta crescer e, em três meses, devia
R$ 4.000.
Histórias como a dela não são raras,
principalmente com a facilidade de crédito, incentivada pela redução da taxa de
juros.
Em maio, dados do Banco Central
mostraram que a inadimplência subiu. Dos empréstimos a pessoas físicas, 8%
apresentaram atraso superior a 90 dias no pagamento. Em abril, o número havia
sido de 7,8%.
Mas, mesmo quando a situação é
crítica, é possível sair das dívidas. Alline conseguiu, em um ano, com a ajuda
de negociações e de uma planilha, voltar a ter estabilidade financeira --e hoje
não usa mais cartões.
O método foi radical, mas
especialistas dizem que, com um bom planejamento, é possível administrar as
dívidas e se prevenir também.
Os especialistas recomendam que,
primeiro, o devedor faça um mapa das dívidas.
Em seguida, deve elencar todas elas,
da maior para a menor, e então fazer um cronograma para pagá-las, começando por
aquela que tem a taxa de juros mais alta --e não a de maior valor.