A ameaça feita pelo Estado
Islâmico à Igreja Católica e à Itália durante a execução dos 21 cristãos coptas
egípcios na Líbia já mobilizou as autoridades para se prevenirem contra
eventuais ações terroristas.
No vídeo divulgado com a decapitação dos egípcios, o
homem que se dirige às câmeras diz estar “ao sul de Roma” para mandar “uma
mensagem assinada com sangue à nação da cruz”.
Embora
os terroristas tenham se dirigido diretamente aos cristãos coptas, a quem
acusam de “perseguirem muçulmanos”, a menção à capital italiana foi entendida
como um recado ao Vaticano, um país independente, mas situado em Roma.
O local
da execução dos cristãos coptas também foi visto como simbólico pelas
autoridades, uma vez que a Líbia está ao sul da Itália, e muitos cidadãos do
país atravessam o Mar Mediterrâneo em busca de asilo político no país.
Teme-se
que os terroristas usem a mesma estratégia para chegar ao território italiano,
e a partir daí, perpetrar ataques contra o país e o Vaticano.
Prevenção
O
governo italiano adotou medidas extraordinárias de segurança, e o chefe da
Guarda Suíça do Vaticano declarou que as forças da cidade-Estado estão em
alerta máximo: “O que aconteceu em Paris com a revista Charlie Hebdo também
pode ocorrer no Vaticano, e estamos prontos a intervir para defender
Francisco”, disse Christoph Graf em entrevista ao jornal Il Giornale.
O
comandante conta com 110 homens, além de outros 150 integrantes da gendarmeria
vaticana, para proteger o Papa Francisco. “Pedimos a todos os guardas Suíços de
estar mais atentos, observar atentamente o movimento de pessoas”, afirmou Graf,
que destacou que essa medida não substitui as informações de inteligência,
essenciais para a prevenção de ataques.
“Acho que o Papa não tem medo de nada,
você pode ver como ele se move, e como gosta de estar perto das pessoas. E nós
temos a difícil tarefa de garantir a sua segurança”, concluiu.
O
senador italiano Felice Casson, secretário do Comitê de Segurança do governo
italiano, afirmou que aproximadamente 4.800 soldados seriam acrescentados às
forças que atuam em locais públicos, como forma de prevenir ataques. “O risco
de um ataque realizado por um lobo solitário ou um desequilibrado é concreto”,
disse o político, de acordo com informações da agência France Presse.
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