George Hilton
coloca como prioridade prorrogação da Lei de Incentivo ao Esporte, que vence em
2015
BRASÍLIA- O novo ministro do Esporte,
George Hilton, assumiu o cargo nesta sexta-feira com um discurso prometendo
colocar a gestão e a política a favor da pasta. Ele afirmou ter apoiado
propostas da área, admitiu o pouco conhecimento sobre a área e afirmou que com
diálogo vai superar as dificuldades.
— Posso não entender profundamente de
esporte, mas entendo de gente. Eu entendo de gente. Eu sei ouvir, sei dialogar,
sei criar convergências entre opostos, usarei a capacidade de gestão e a
política em favor do esporte brasileiro, com toda a minha energia — afirmou.
Apesar da manifestação de que estava
disposto ao diálogo, o ministro recusou-se a dar entrevistas após receber o
cargo e ficou em uma sala reservada recebendo cumprimentos dos convidados. Na
transmissão de cargo havia apenas um atleta de alto rendimento, Emanuel, do
vôlei de praia. Ele é casado com Leila, ex-jogadora de vôlei, filiada ao PRB do
ministro Hilton e secretária de Esportes do Distrito Federal. Na platéia
basicamente políticos, funcionários da pasta e cartolas de diversas confederações
esportivas.
Em um discurso de 50 minutos, Hilton
disse que chega na pasta para somar e que está disposto a ouvir sugestões
“independente” de onde venham. Fez acenos ao movimento dos jogadores de futebol
Bom Senso FC, mas ignorou o grupo Atletas pela Cidadania, que já fez ataque a
sua nomeação. Afirmou ainda estar disposto a dialogar com a imprensa esportiva
e disse saber com as críticas.
— Respeito a critica, as criticas não
me abatem, me impulsionam a empurrar a mim mesmo a realizar proezas — disse.
O novo ministro disse que uma
prioridade será trabalhar no Congresso pela prorrogação da Lei de Incentivo ao
Esporte, que vence em 2015. Essa lei permite a empresas deduzirem do imposto de
renda recursos aplicado na área, sobretudo na base. Hilton disse que pretende
ampliar parcerias com o Ministério da Educação para incentivar cada vez mais o
esporte educacional.
Sobre as Olimpíadas do Rio de Janeiro,
em 2016, afirmou que serão os melhores jogos de todos os tempos e que espera
como efeito positivo de legado a influência nos jovens para a prática de
esportes.
O ministro Aldo Rebelo, que sai do
Esporte para comandar Ciência e Tecnologia, fez um balanço positivo de sua
gestão e usou a parábola bíblica dos talentos para desejar que o sucessor
consiga ampliar as conquistas da pasta.
Andrew Parsons, presidente do Comitê
Paralímpico Brasileiro, minimizou a falta de experiência de Hilton na área e
afirmou que a comunidade esportiva está disposta a ajudá-lo.
- Ele vai ser avaliado pelo que vai
fazer daqui para frente e não pelo que fez até hoje - afirmou.
Por
Eduardo Brescian
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