A reação do governo de Dilma Rousseff
(PT) ao crescimento da candidatura de Marina Silva (PSB) à presidência da
República visa alcançar os eleitores que, no momento, fazem a diferença a favor
da ex-senadora: os evangélicos.
Entre as medidas
que visam conter o avanço de Marina na pesquisa está a iniciativa de atender a
uma antiga reivindicação das igrejas evangélicas: a aprovação da Lei Geral das
Religiões.
O projeto
tramita no Congresso desde 2009 e ainda não foi aprovado por falta de empenho
do governo, que tem a maioria tanto na Câmara dos Deputados, quanto no Senado.
O texto do projeto
prevê a concessão de diversos benefícios, incluindo a reafirmação de isenções
fiscais, estendendo às igrejas evangélicas e outras entidades religiosas os
mesmos benefícios que o governo dá à Igreja Católica desde 2008.
Agora, numa ação
“anti-Marina”, o governo determinará aos parlamentares que adotem caráter de
urgência na aprovação da proposta.
Segundo o jornal
Folha de S. Paulo, o projeto concede às denominações que tiverem projetos
sociais reconhecidos, os mesmos benefícios tributários que entidades filantrópicas
recebem, além de desobrigar as igrejas em questões trabalhistas. Por exemplo,
os fiéis que ajudam no funcionamento de uma igreja no cotidiano não poderão,
eventualmente, buscar o reconhecimento de vínculo empregatício.
O projeto prevê
ainda, uma proteção especial contra a desapropriação e a penhora dos bens das
igrejas, pois prevê garantias “às pessoas jurídicas e eclesiásticas e
religiosas, assim como ao patrimônio, renda e serviços relacionados com as suas
finalidades essenciais”.
Indústria
Além dessas
ações junto ao eleitorado evangélico, o governo petista pretende também se
aproximar dos empresários e dizer a eles que as propostas de Marina Silva que
propõem controle de gastos irão impedir que o governo faça novos gastos em
infraestrutura nos próximos anos, provocando desemprego.
A intenção é
conter o apoio financeiro dos empresários à campanha de Marina Silva e também
gerar dúvida a respeito da capacidade de um eventual governo do PSB em
recolocar o país no caminho do crescimento econômico.
Gospel mais
Nenhum comentário:
Postar um comentário