Zizinha Guimarães, como assim
era conhecida, tinha como origem o nome de Eufrozina Amélia Guimarães, que era
filha de Manoel Ferreira de Oliveira e Amélia da Silva Guimarães. Por falta de
maiores detalhes data-se ao seu nascimento aos 26 de dezembro do ano de 1872,
nascida em Laranjeiras, Estado de Sergipe, onde fizera seus estudos e
freqüentou também o Colégio Inglês sob a direção de Miss Ana Carol, de quem ela
fala tecendo maiores elogios.
Filha de uma família muito
pobre, Zizinha Guimarães foi nomeada professora pública estadual de um Decreto
tornado público em agosto de 1896 para a cadeira de Bairro Victória, atual Rua
Jackson de Figueiredo em Laranjeiras, e que, posteriormente considerada
“Cadeira de Cidade”, pela Lei nº 248 de 12 de novembro de 1897,
transformando-se em “Cadeira de Ensino Misto”, por Decreto sob nº 255 de 18 de
janeiro de 1898, sediada na “Rua da Cacimba”, onde hoje é a Rua Engenheiro
Xavante.
Apesar de jovem, Zizinha
Guimarães desempenhou sua função com muita competência até 1902, quando assim
fora demitida pelo seu Genitor por questões pessoais e políticas.
No segundo semestre de 1904,
reaparece Zizinha Guimarães enfrentando situações de acusações e funda aí a
Escola Laranjeirense aos 04 de julho do mesmo ano.
Valendo-se do seu silencio a
que se impôs, por verdadeira e consagradora vitória transformando-se assim em
educadora ciente e consciente, por preceptora de três gerações seguidas. A sua
personalidade, respeitada, era acumuladas de várias encômias, principalmente
por parte dos Mestres eméritos do Magistério Sergipano como os educadores e
professores José de Alencar Cardoso (prof. Zezinho), Clodomir Silva e Artur
Fortes. Abertos, de por em par, as comportas do nosso afeto, buscam no
turbilhão incessante da nossa memória, passagens ciclópicas dessa mulher
predestinada que, vivendo intensamente, deu tudo de si pelo magistério que
tanto lutou e o fez respeitado.
Há ainda, recordações de
canções escolares que ao som de um piano afiado cantavam nas festas cívicas e
nas salas de aulas. Quando por ocasião do estadista em pensamentos, ouviam a
voz da consagrada cantora dar novos acordes ao Hino Nacional e não furtaram em
proclamar, alto e bom som, que Zizinha Guimarães, quebrando éticas ou tábuas,
ensinava cantar o mais belo Hino do Mundo, quase que em forma declamatória,
tanto quanto se esmerou aquele artista do rádio e televisão.
Dia 1º de dezembro de 1964, às
18 horas, se afinava a Mestre querida, deixando após si um vácuo enorme e ainda
não preenchido.
Seu sepultamento verificou-se
na ensolarada manhã de 2 de dezembro, acompanhado o seu féretro por uma enorme
multidão, executando a Filarmônica Sagrado Coração de Jesus, pela primeira vez
em Laranjeiras, músicos de percussão em tão pungente cortejo.
O seu ataúde fora carregado
por suas afilhadas em todo percurso, descendo ao túmulo pelas mãos dos seus
ex-alunos, todos doutores, como do seu desejo e último pedido. Assim foi
cumprido religiosamente
Trabalho de Carlos Alberto –
Quando aluno do 1º ano da Escola Estadual Profª Zizinha Guimarães em 1999.
Esta hitória pode ser copiada e melhorada para apresentação de trabalhos escolares.
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