25 junho 2020

Cólica em bebês não é doença, mas pode ser tratada com fórmulas especiais, na falta de aleitamento materno



A cólica dos bebês causa arrepios na maioria dos pais, pois embora não seja algo grave, clinicamente falando, interfere de maneira importante na qualidade de vida dos recém-nascidos e de toda a família.

“Como a cólica não é uma doença, não tem tratamento. Porém, é possível melhorar a condição dos bebês por meio da utilização de fórmulas nutricionais quando eles não recebem mais o leite materno. Existem várias opções no mercado. O recomendável é buscar uma fórmula específica, pois dessa forma é possível obter eficácia da ação e garantir a nutrição adequada desse pequeno paciente”, explica o Prof. Dr. Fábio Ancona, pediatra especialista em nutrição infantil. 

A cólica é um distúrbio funcional do sistema digestivo, comum na primeira infância, pois logo depois de nascer, o bebê não tem o organismo totalmente desenvolvido. Uma das consequências é ter o excesso de gases ou o movimento não sincronizado do intestino, causas da dor abdominal.

Para a utilização de fórmulas nutricionais específicas, é sempre preciso recorrer à avaliação médica, pois a criança não pode ter nenhum problema decorrente da sua utilização. O ideal são produtos com baixo teor de lactose, para não ultrapassar a capacidade digestiva do bebê, impedindo a fermentação do cólon, que gera gases e inchaço. Como esse paciente não é mais alimentado pela mãe, é preciso oferecer proporção de proteínas semelhantes à do leite materno.

“Estudos com mais de 600 lactentes comprovam a redução de sintomas de cólica em pequenos pacientes que utilizaram fórmula específica. Nada menos que 87% das crianças avaliadas tiveram redução do quadro no primeiro mês de utilização”, ressalta o Prof. Dr. Fábio Ancona.

Os sintomas mais frequentes da cólica são choro ininterrupto, acompanhado de movimentos de pernas e braços indicando que a criança está sentindo dor. Nessas situações, a família tende a ficar estressada e usa simpatias, receitas e indicações sem comprovação científica. O mais importante é pedir ao pediatra a indicação mais adequada para resolver o problema e os suplementos com baixo teor de lactose representam uma excelente opção.


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