Casamento homossexual feria questões de Liberdade Religiosa
5 anos atrás em 29 de junho de 2015
Por Jarbas Aragão
O governador Greg Abbott assinou em cerimônia pública a lei 2065,
que marca uma vitória de um movimento que uniu diversos movimentos evangélicos
do Texas. A “Lei de proteção ao Pastor” assegura aos ministros o direito de não
celebrarem cerimônias de casamento homossexual nas igrejas pelas quais são
responsáveis.
O imbróglio
jurídico começou no ano passado, após o reconhecimento da legalidade do
casamento gay em diversos estados norte-americanos. Seguindo a linha liberal da
administração Obama, o governo federal fez pressão em vários níveis em favor da
comunidade LGBT. Houve casos de empresas serem proibidas
de se recusar a prestar serviço a casais homossexuais.
Alguns pastores
mostraram-se contrariados depois que surgiram denúncias que eles estavam
promovendo “discurso de ódio” nas igrejas. A prefeitura pediu então que eles
submetessem cópias de seus sermões para que autoridades investigassem se havia
homofobia. O recado era claro: os pastores ou padres que se manifestarem do
púlpito contra o público LGBT terão de responder juridicamente por
discriminação.
A pressão dos
evangélicos do Estado inteiro forçou a prefeitura a voltar atrás. Iniciou-se
então um embate legal no tocante aos limites da liberdade de expressão nos
púlpitos. Os cerca de 400 pastores de Houston conseguiram a suspensão do decreto
municipal que limitaria sua liberdade.
A partir de
então um projeto de lei que recebeu o apoio de deputados dos dois partidos
predominantes do sistema eleitoral começou a tramitar. Lobbies de organizações
pró-LGBT como a ACLU, Iquality Texas e a Texas Freedom Network não tiveram
sucesso.
O embate ganhou
força quando diversas igrejas e organizações religiosas e pró-família como o
Conselho de Pastores do Texas, a Conferência Católica do Texas, Convenção
Batista do Texas, Eagle Forum, Liberty Institute, Focus on the Family, Coalizão
de Pastores Afro-americanos – entre outros – uniram forças.
Com a aprovação
da nova lei, nenhuma igreja ou organização religiosa do Texas poderá ser
forçada a realizar um casamento e tampouco forçados a prestar serviços,
acomodações, instalações ou ceder bens para qualquer atividade que viole suas
crenças religiosas.
Uma vez que foi
aprovado com dois terços dos votos, o projeto passou a ser lei imediatamente.
Jonathan Saenz, presidente da Texas Values Action, ONG jurídica que defende a
liberdade religiosa, comemorou: “Hoje comemoramos com pastores e membros do
clero que são guiados por suas crenças religiosas sinceras e asseguramos que o
Texas desfruta de liberdade religiosa sem interferência do governo”. Com informações de Texas Value
GospelPrime
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