01 novembro 2019

Uma audiência de reconciliação que aconteceu, surtiu efeito para os moradores?


Você não precisa concordar comigo, Mas pelo menos procure entender o que estou querendo dizer!

Quando a polícia é convocada para olhar se um local está tendo poluição sonora com Som de Rua ou mesmo de residência bastante alto, ao chegar no local o proprietário do som acaba reduzindo o volume do som. Mas... mas quando a polícia sai esse proprietário acaba aumentando novamente. Acho que não estou falando demais, afinal, é que vemos em muitos casos. Claro que não estamos generalizando.

Da mesma forma, entendemos nós moradores do Povoado Machado, que é o que vem acontecendo com a Poluição – fumaça e odor forte de enxofre que é muito visto e sentido por esses moradores. Quando há denúncias, os órgãos de fiscalização chegam por lá para fazer a vistoria, mas... chegou  tarde. Toda fumaça já parou e, se estava vazando vão fazer de tudo para não chocar com a fiscalização. 
O que acontece nesses casos, os órgãos de fiscalização não vão constatar nada. E o resultado no parecer técnico desses órgãos vai ser: “tudo está dentro das normalidades”; “tudo está dentro dos limites...” e, enquanto isso... a população sofre com camadas de poluição, odor e detonação – que tem rachados as casas. Mas quem prova? Ninguém prova só falando, pois os órgãos de fiscalização – que deveriam provar embasado nas leis, acusam tudo dentro dos limites. E com isso, os moradores do povoado Machado vem sofrendo até os dias de hoje.

Houve uma audiência na quarta-feira, dia 30/10, maraca para 11h, mas só foi começar aproximadamente 12h40 terminando uma 14horas. Lá juiz foi enfático: “se os órgãos de fiscalização disseram dentro das normas que tá tudo ok, não podemos fazer nada, mesmo a pessoa achando ruim”. O vereador Zé Carlos estava lá e fez uma pergunta: “por ventura a Votorantim Cimentos em Laranjeiras já foi multado alguma vez pelos órgãos de fiscalização?”, se referindo a ADEMA, a resposta foi confusa e depois de muito tempo sem nada concreto disse a empresa: “já foi... acho que foi uma vez”. Essa pergunta foi no sentido de dizer... uma fábrica que tanto levanta poeira, poluição, e tantos outras mais... nunca foi multada, no mínimo é estranho.
O promotor de justiça, Dr. Walter, sempre querendo encontrar uma maneira de encontrar uma solução para os moradores, mas mesmo assim, toda reunião terminou dando em... nada!!!!
Mas o que estou falando não é mais sobre Leis, pois de fato ela tem que ser cumprida. Mas quantas leis são criadas e seus legisladores muitas das vezes entendem que mesmo ela existindo, ela é um fracasso?. Assim, apelam para sensibilidade olhando para o lado humano e não descumprindo a Lei, mas favorecendo o ser humano de alguma forma.
Não foi assim nessa audiência, pois a fábrica não aceitou propostas como, por exemplo, dar um plano de auxilio doença para cada morador poder se medicar por terem gastos com doenças supostamente causadas pela poluição. Eles recusaram essa proposta da Meire – moradora do Povoado Machado.
Voltando para primeira pauta desse texto, o que há de fato há... é que, quando a fiscalização chega tudo tá normal, mas quando a fiscalização vai embora – tudo fica anormal, aliás, até os aparelhos de medição do ar e outros, são dentro da própria fábrica  e com responsabilidades da própria fábrica e a pergunta é: mesmo com esses equipamentos sendo dos órgãos de fiscalização mas são colocados dentro da fábrica e de responsabilidade da própria fábrica, então como ter certeza de que a medição tá correta? Enfim, o povo sofre, continuará sofrendo, pois nesta manhã, um senhor que rondava no Povoado aparentemente uns 60 anos e com perfil de engenheiro de nome Souza, cuja placa era de Nossa Senhora do Socorro, nos disse que saiu de Laranjeiras para não se estressas porque tudo é favorável pra eles (se referindo à fábrica). Ele nos disse: “esse odor, como se fosse uma mistura de pneu queimando... se a pessoa recebe de Boca aberta o dano é pior para os pulmões e a mancha com certeza ficará marcada nesse órgão do corpo”, falou isso na frente de três moradores do povoado. Depois disso foi embora...
Imagine você morando 24 horas no Povoado Machado e sentir pelo menos duas vezes por semana esse cheiro que falou esse senhor?  É preciso que as autoridades esqueçam um pouco a lei nesse sentido e olhe mais para o ser humano, como um ser que precisa viver e não morrer antes do tempo.
Num montante de tantas fotos, estamos divulgando apenas duas: uma da poluição e a outra de casas rachadas – por conta das detonações. Se formos pra Lei, o que vamos ouvir já sabemos: o problema não é da fábrica, o problema deve ser da poeira da rua, das queimadas ou mesmo do alicerce que o pedreiro não soube levantar sua casa. Por isso está rachando! Infelizmente!!!

Por Carlos Alberto
morador do Povoado Machado

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