No país, 388 pessoas morrem por dia por hipertensão. Para
prevenir, equipes de saúde investem em ações com exercícios físicos e dicas de
alimentação saudável
Nessa sexta-feira (17), o Ministério da Saúde divulgou novos
dados sobre hipertensão. Em 2018, 24,7% da população que vive nas capitais
brasileiras afirmaram ter diagnóstico de hipertensão. Os novos dados Sistema de
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel 2018) mostram também que a parcela da sociedade mais
afetada é formada por idosos: 60,9% dos entrevistados com idade acima de 65
anos disseram ser hipertensos, assim como 49,5% na faixa etária de 45 a 54
anos. Essa última edição da pesquisa foi realizada por telefone com 52.395
pessoas maiores de 18 anos, entre fevereiro e dezembro do ano passado.
Dados preliminares do Sistema de Informações de Mortalidade
(SIM), do Ministério da Saúde, também mostram que, em 2017, o Brasil registrou
141.878 mortes devido à hipertensão ou a causas relacionadas a ela. Esse número
revela uma realidade preocupante: todos os dias 388,7 pessoas se tornam vítimas
fatais da doença, o que significa 16,2 óbitos a cada hora. Grande parte dessas
mortes é evitável e 37% dessas mortes são precoces, ou seja, em pessoas com
menos de 70 anos de idade.
Experiências exitosas: promoção e prevenção
Equipes multidisciplinares dos Núcleos de Apoio a Saúde da
Família (NASF) desenvolvem trabalhos voltados para prevenção e promoção da
saúde em diversos municípios do país. Em Junco do Maranhão-MA, por exemplo, o
projeto “Qualidade de vida na terceira idade” tem foco na redução do número de
casos de idosos com hipertensão e na qualidade de vida dos que já possuem a
doença.
“Nosso objetivo é incentivá-los a mudar os hábitos alimentares e
sair do sedentarismo. Pessoas com diabetes, colesterol alto e hipertensão são a
maioria nos grupos, na cidade e na zona rural”, explica a autora do projeto,
Kléssia Novais. A equipe trabalha em conjunto, educador físico, nutricionista,
enfermeiras e um fisioterapeuta acupunturista. “A acupuntura serve,
principalmente, para reduzir a pressão arterial, evitando infartos.
O município
foi primeiro da região a incorporar esse tipo de tratamento, que vem trazendo
resultados positivos para a população”.
O
trabalho de Junco do Maranhão foi premiado na 14ª Mostra Brasil, aqui tem SUS,
realizada no 33º Congresso Conasems.
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