Marcelo Aguiar, deputado evangélico pelo DEM cria projeto de lei contra
a pornografia na internet e vira alvo de piadas sobre masturbação.
Por Will R. Filho -
matéria divulgada em 9
de janeiro de 2017
Alvo
de polêmica e muitas críticas, o Deputado federal pelo DEM de São Paulo,Marcelo
Aguiar, criou o Projeto de Lei 6449/2016, considerado por
ele em suapágina oficial um
projeto que visa “proteger Crianças e Adolescentes na Internet”.
Todavia, a mídia secular, a exemplo do site O Globo e os reprodutores de
conteúdos prontos, preferem chamar o projeto de uma “cruzada contra a
masturbação” e/ou “projeto contra a masturbação“.
Na
TV aberta não é novidade a já antiga “classificação indicativa”, meio pelo qual
as programações da TV são classificadas em acordo com o público. A nudez, por
exemplo, não pode ser explícita em horário nobre, momento onde geralmente
crianças e adolescentes assistem as programações.
A
classificação indicativa existe na TV exatamente pelos mesmos motivos que
levaram oDeputado Marcelo Aguiar a criar o PL 6449/2016,
ou seja; proteger crianças e adolescentes em desenvolvimento cognitivo-afetivo,
psicológico, da exposição indiscriminada de conteúdos impróprios, dentre eles a
pornografia.
Nos
últimos anos, diversos estudos tem procurado compreender a relação entrecomportamento
compulsivo e pornografia. A maioria faz associação entre pornografia e
dependência emocional, semelhante ao vício em drogas. Esse é um dos fundamentos
apontados pelo autor na proposta, como vemos no trecho retirado do texto
original que você pode ler clicando AQUI:
“Os jovens são mais suscetíveis a desenvolver dependência e já estão
sendo chamados de autossexuais – pessoas para quem o prazer com sexo solitário
é maior do que o proporcionado, pelo método, digamos, tradicional.
Essa conclusão de acordo com Carmita Abdo Coordenadora do Programa de
Estudos de Sexualidade da USP é ‘porque eles começam a atividade sexual sem
parceria, na masturbação em frente a um vídeo no qual escolhem tipo físico e
idade de todas as variedades imagináveis’, publicado na Folha de São Paulo em
27 de setembro de 2016.
Mais alarmante ainda é o fato de que pode-se dizer após os estudos
realizado que a pornografia veio substituir a prática sexual com outra pessoa,
porque mesmo uma garota de programa tem um custo, e o encontro não pode ser a
qualquer hora, diz Carmita Abdo.”
Em
junho de 2015 a BBC Brasil publicou o caso do jovem Daniel Simmons, de 23
anos, considerado um viciado em pornografia que procurou ajuda profissional
para se libertar do vício. Durante a entrevista, o jovem relatou como foi o
início da sua dependência em pornografia:
“Eu tinha 15 anos quando comecei a assistir pornografia, após meus pais
me comprarem um laptop. Fiz o que praticamente todo adolescente faz e procurei
sites de pornografia”
Daniel
Simmons, viciado em pornografia, durante entrevista a BBC Brasil contou que
precisou procurar ajuda profissional contra a dependência.
Simmons
também conta que não conseguia desenvolver relações com mulheres, pois não
sentia mais atração devido a grande carga virtual de fantasia pornográfica em
sua mente. Fantasias que, aliás, tiveram os bastidores revelados em tom
desesperador no livro “A Verdade por Trás da Fantasia da Pornografia”, da
ex-atriz pornô americana Shelley Lubben.
“Eles querem que você compre a mentira de que nós gostamos de ser
degradadas por todos os tipos de atos repulsivos. Filmes editados de forma
criativa e embalagens bonitinhas são projetados para fazer uma lavagem cerebral
nos consumidores.”, afirma
Lubben no livro.
Com
base nisso, o Deputado Marcelo Aguiar deseja que seu projeto
obrigue as operadoras de internet a filtrarem os conteúdos pornográficos, para
que eles estejam acessíveis apenas para usuários pagantes, a exemplo de como é
a TV paga, onde canais adultos são destinados, de fato, para adultos, diferente
de como é a internet atualmente com acesso completamente irrestrito.
Com
a evolução dos dispositivos móveis, como smartphones e tablets, muitos pais tem
dificuldade de controlar o acesso a conteúdos impróprios dos seus filhos. Sem
dúvida essa é uma responsabilidade primeiramente familiar, mas que deve
contar, também, com apoio do poder público.
“As
operadoras que disponibilizam o acesso a rede mundial de computadores, precisam
(e devem) ajustar-se às regras de proteção para resguardar a integridade física
e psíquica dos usuários, principalmente crianças e adolescentes e desta forma
cumpram os preceitos legais e fomentem a inclusão digital com responsabilidade
e segurança”, justifica o Deputado.
Fonte: Gospel mais
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