Os parlamentares
da Câmara Municipal de Laranjeiras chamaram a atenção na sessão dessa
terça-feira (25), para os riscos que o município está correndo devido à queda
constante das receitas repassadas pelos governos estadual e federal. De acordo
com os vereadores, a situação é delicada e caso o quadro não mude nos próximos
meses, a Prefeitura de Laranjeiras poderá decretar “estado de falência”.
O vereador José Carlos (PMDB) ressaltou que o
Portal da Transparência da Prefeitura de Laranjeiras mostra claramente a queda
acentuada na receita no municipal entre os anos de 2015 e 2016. “Zé Carlos”
afirmou que comparando alguns meses do ano passado com o deste, a queda chega a
quase 50%. “Em setembro de 2015 a Prefeitura chegou a arrecadar mais de R$ 7,5
milhões no mês de setembro. Já este ano, no mesmo período, não chegou a pouco
mais de R$3,4 milhões. Isso é preocupante, porque os compromissos com
servidores e fornecedores precisam ser cumpridos”, avaliou.
Fafen
Outro problema que tem tirado o sono de
alguns parlamentares é com relação a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados,
empresa ligada à Petrobras. Firmada no município há mais de 30 anos, a empresa
cogita ser vendida para o mercado privado ou até mesmo fechar as portas. Tal
situação ocasionaria a demissão de vários funcionários oriundos do Vale do
Cotinguiba e também o cancelamento de repasses necessários à administração
municipal.
O vereador Janio Dias (PMDB), que é
funcionário da empresa, explica melhor a situação. “Isso resultaria num impacto
muito grande na economia do município, porque a empresa deixaria de repassar
impostos como ICMS, ISS, ITR, IPTU, entre outros. Isso sem falar também na
influência sobre o comércio local, já que diversas pessoas trabalham em
empresas terceirizadas que são ligadas diretamente à fábrica, algo que
movimenta diversos serviços hoje existentes no município”, alerta.
Todos os vereadores presentes se
mostraram bastante preocupados com a realidade. “Nós estamos aqui para
representar o povo e sabemos que não é só Laranjeiras, como todo o país que
passa por essa situação de instabilidade. Não sabemos o que poderá acontecer
daqui pra frente, mas temos que trabalhar e estudar melhores alternativas para
lidar com a crise. A Câmara fará seu papel e colocará esse debate à tona”,
adiantou o presidente da Casa, Luciano da Varzea (PMDB).
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