Presidente da Câmara afirma que
analisará reforma tributária logo após pacto federativo
Gustavo Lima
O
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, confirmou para esta semana a vota- ção da
proposta que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos de idade (PEC 171/93)
em primeiro turno.
Ele
concedeu entrevista coletiva à Associação de Correspondentes Internacionais, na
sexta-feira (26), no Rio de Janeiro.
Cunha
disse que, apesar de a redução da maioridade penal ser criticada pela
Organização das Nações Unidas e por muitas outras nações, alguns países “não
têm a situação social, a bandidagem e o tráfico de drogas que o Brasil tem”.
Ele
defende que reduzir a maioridade penal também diminui a sensação de impunidade,
que é a causadora da violência. Para Cunha, o adolescente de hoje não é o mesmo
de 40 anos atrás. “Ele tem muito mais consciência do que faz, pois tem mais
acesso à informação.”
Questionado se, para evitar a superlotação do sistema carcerário, o País poderia descriminalizar o uso de drogas e reduzir as penas para infratores não violentos, Cunha afirmou que a política de drogas no Brasil já está muito liberal. “Não podemos liberar o consumo e a violência que está associada a ele.”
Questionado se, para evitar a superlotação do sistema carcerário, o País poderia descriminalizar o uso de drogas e reduzir as penas para infratores não violentos, Cunha afirmou que a política de drogas no Brasil já está muito liberal. “Não podemos liberar o consumo e a violência que está associada a ele.”
Reforma
- Cunha afirmou que pretende votar propostas que reveem o pacto federativo
para, logo em seguida, analisar uma proposta de reforma tributária. Um dos
objetivos da revisão do pacto federativo é proibir que a União crie novas
obrigações financeiras para estados e municípios sem garantir recursos. A
proibição está prevista na Proposta de Emenda à Constituição 172/12.
Questionado sobre os prejuízos que a medida poderá causar à União, Cunha
respondeu que a União perderá recursos, mas será de forma programada.
Impeachment
- Perguntado sobre a validade de um pedido de impeachment da presidente Dilma
Rousseff, Cunha afirmou que o processo tem que ocorrer dentro dos preceitos
constitucionais e que ainda não viu argumentos que embasem o pedido. “Até o
momento, os pedidos de impeachment trazem elementos do mandato passado”, disse.
“Há um pedido novo em análise na Câmara, mas ainda não li”, acrescentou,
referindo-se ao pedido protocolado na última quarta-feira (24) pelo Movimento
Brasil Livre.
“Ele
[o jovem de hoje] tem muito mais consciência do que faz, pois tem mais acesso à
informação.” Deputado Eduardo Cunha
Autoavaliação
- Avaliando seus cinco meses à frente da Câmara, Cunha ressaltou a votação do
orçamento impositivo, que classificou como o feito mais relevante dos últimos
30 anos para a independência do Parlamento.
Ele
também citou como positivas as votações da regulamentação da terceirização da
mão de obra, que tramitava na Casa havia 11 anos, e da reforma política.
Câmara dos Deputados
Nenhum comentário:
Postar um comentário