O governo da presidente Dilma Rousseff
(PT) estaria tentando uma reaproximação com as principais lideranças
evangélicas. Na última semana, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) teve um
encontro com alguns dos principais opositores no meio evangélico, a fim de
ouvir suas queixas.
Desde o começo
de abril, o vice-presidente vem exercendo a função de articulador político de
Dilma junto ao Congresso Nacional.
Segundo o
jornalista Lauro Jardim, Temer contou com o intermédio do deputado federal
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), evangélico e presidente da Câmara, para se encontrar
com as lideranças evangélicas.
“As duas
lideranças evangélicas mais anti-petistas do país tiveram um discreto encontro
com Michel Temer […] Ciceroneados por Eduardo Cunha, o bispo Robson Rodovalho e
o pastor Silas Malafaia falaram da necessidade da aprovação de uma Lei Geral
das Religiões. O secretário da Receita Federal Jorge Rachid acompanhou a
conversa”, escreveu Jardim, em sua coluna no site da revistaVeja.
Além do pastor Silas Malafaia
(Assembleia de Deus Vitória em Cristo) e do bispo Robson Rodovalho (Sara Nossa
Terra), também participaram da reunião os pastores Mario de Oliveira
(presidente da Igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil e ex-deputado
federal), Abner e Samuel Ferreira (Assembleia de Deus Madureira), Everaldo
Pereira (PSC-SP) e o missionário R.R. Soares (Igreja da Graça), além do ex-deputado
federal e atual ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Eliseu
Padilha (PMDB-RS), ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil.
O governo vem se
movimentando nos bastidores para garantir que os principais setores da
sociedade sejam abordados pelos principais representantes do Congresso
Nacional, a fim de tirar o foco das investigações da Operação Lava-Jato, que
tem entre os principais suspeitos, políticos do PT e doações de empreiteiras
que mantinham contrato com a Petrobrás ao partido.
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