19 fevereiro 2015

Jovens armados invadem paróquia, agridem padre e quebram imagens de “ídolos”

Um novo caso de intolerância religiosa contra católicos foi registrado no último sábado, 14 de fevereiro, quando um grupo de jovens armados invadiu uma paróquia e agrediu o padre, além de destruir as imagens dos santos da religião.
O pároco da Igreja Santa Luzia, em Maceió (AL) disse que viveu momentos de desespero quando foi feito refém pelos jovens, que por uma hora o agrediram e mantiveram cativo: “Eles quebraram as imagens falando que eram de ídolos”, disse o padre Paschal Prosper, de 62 anos, que se recuperava de uma cirurgia.
Outras 10 pessoas que estavam na igreja também foram mantidas reféns e agredidas, de acordo com informações do G1.
O padre Paschal está à frente da paróquia há 20 anos, e embora já tenha sido assaltado diversas vezes, disse que nunca havia vivido uma situação como essa. “Os assaltantes deram tapas em todos, são jovens fortes e violentos. Não sei quantos foram porque fiquei nervoso e, como fiquei deitado no chão, não deu para ver”, contou à reportagem.

A ação violenta e desrespeitosa é fruto da falta de temor a Deus e noção do valor da vida: “Fiquei uma semana no hospital, pois a minha pressão baixou. Tiveram que colocar marca-passo e eu cheguei na casa paroquial na sexta-feira, e no sábado aconteceu isso”, lamentou, acrescentando que apesar de estar bem, tem medo de que os marginais voltem.
Os itens roubados durante a invasão da igreja foram um carro Gol, de um casal de fiéis que estava no local, celulares, um computador desktop, um notebook, e objetos pessoais das vítimas. Posteriormente, a Polícia Militar localizou o carro abandonado em um bairro vizinho. No entanto, os policiais não têm pistas de quem seriam os assaltantes ou onde encontra-los.
Recorrência
Diversos casos de invasão de igrejas católicas e destruição de imagens têm sido registrados Brasil afora. Um dos casos mais violentos foi registrado em Cajazeiras (PB), quando um grupo de evangélicos invadiu uma igreja, quebrou a imagem de Aparecida e urinou sobre ela.
À época, o responsável pela paróquia Santo Antônio, padre Quirino, acusou evangélicos da cidade de promoverem perseguição religiosa: “Estão fazendo a cabeça das crianças para repudiarem Nossa Senhora. Estão também chamando os católicos de baratas pretas”, relatou o padre, que denunciou os fiéis da denominação do pastor Luiz Lourenço, conhecido como Poroca, como responsáveis pelas agressões e vandalismo.

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