por GABRIELA GUERREIRO
Presidente do PSDB, o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta quarta-feira (12) que o partido vai
ingressar com medidas judiciais contra o projeto do governo federal que permite alterar a meta do superavit primário.
O tucano reagiu à mudança da meta um dia depois de o governo encaminhar a
proposta ao Congresso.
Sem anunciar quais são as medidas em estudo pelo PSDB, Aécio disse que existem
"sanções" para os gestores públicos que descumprem as regras
orçamentárias.
"Nós vamos discutir, inclusive do ponto de vista judicial, quais as
demandas cabíveis porque a presidente da República incorre em crime de
responsabilidade se não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou
o tucano.
Aécio fez um apelo para o Congresso não aprovar o projeto do governo porque, do
contrário, estará dando um "cheque em branco" para a presidente Dilma
Rousseff alterar a meta, o que pode se repetir anualmente.
"Se aprovada uma medida como essa, o sinal que estamos dando é de que não
há mais lei a ser cumprida. Basta que, no momento em que o governante não
cumpre a lei, alterar a lei com sua maioria. Espero que o Congresso se
respeite, respeite suas prerrogativas e impeça essa violência."
Candidato derrotado à Presidência da República por Dilma no segundo turno das
eleições, Aécio disse que o projeto do governo comprova que houve
"estelionato eleitoral" da parte da petista que, ao longo da campanha,
negou mudanças no superavit.
"Se houvesse um Procon das eleições, a presidente Dilma estaria sendo hoje
instada a devolver o mandato que recebeu", afirmou.
O tucano disse que, se a proposta for aprovada, governadores e prefeitos
poderão seguir o mesmo modelo do governo federal, alterando metas e
descumprindo prazos.
MARTA
Ao ironizar a saída de Marta Suplicy do Ministério da Cultura, Aécio disse que concorda com a
posição da petista sobre a "perda de credibilidade" do governo no
campo econômico.
"Eu tenho que registrar como crítico que sou do governo que neste momento
eu concordo em grande parte com aquilo que dizem alguns dos ministros e, em
especial, de uma ex-ministra da presidente da República em relação à perda de
credibilidade da condução da economia e absoluta ausência de diálogo durante
esses últimos anos com setores fundamentais da sociedade brasileira",
afirmou.
Marta divulgou a carta em que pede demissão na sua conta no Facebook dizendo
que espera que a presidente escolha uma equipe econômica independente e
experiente para resgatar a credibilidade do governo e garantir o crescimento do
país.
Aécio disse que o objetivo do projeto é "mascarar os números",
produzindo um "deficit para chamá-lo de superavit". "O governo
deveria ter a humildade de dizer que fracassou, que falhou", atacou.
DEFESA
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) rebateu Aécio ao afirmar que o governo
precisa de uma política fiscal mais "livre" para se adaptar à
instabilidade econômica internacional.
"O mundo está atravessando uma situação conjuntural de estagnação e,
internamente, isso se reflete em nosso crescimento", afirmou.
Costa fez um apelo para que congressistas aliados da presidente Dilma Rousseff
aprovem o projeto diante da ameaça de barrarem a proposta como retaliação à
condução das alianças regionais pelo Planalto durante as eleições.
"Queremos que todos deixemos de lado as paixões políticas e encaremos esse
momento com a responsabilidade que os brasileiros esperam de nós, sob pena de
contribuirmos para jogar o Brasil em um cenário de paralisia econômica que não
interessa a ninguém."
Fonte: Folha Online - 12/11/2014
O tucano reagiu à mudança da meta um dia depois de o governo encaminhar a proposta ao Congresso.
Sem anunciar quais são as medidas em estudo pelo PSDB, Aécio disse que existem "sanções" para os gestores públicos que descumprem as regras orçamentárias.
"Nós vamos discutir, inclusive do ponto de vista judicial, quais as demandas cabíveis porque a presidente da República incorre em crime de responsabilidade se não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou o tucano.
Aécio fez um apelo para o Congresso não aprovar o projeto do governo porque, do contrário, estará dando um "cheque em branco" para a presidente Dilma Rousseff alterar a meta, o que pode se repetir anualmente.
"Se aprovada uma medida como essa, o sinal que estamos dando é de que não há mais lei a ser cumprida. Basta que, no momento em que o governante não cumpre a lei, alterar a lei com sua maioria. Espero que o Congresso se respeite, respeite suas prerrogativas e impeça essa violência."
Candidato derrotado à Presidência da República por Dilma no segundo turno das eleições, Aécio disse que o projeto do governo comprova que houve "estelionato eleitoral" da parte da petista que, ao longo da campanha, negou mudanças no superavit.
"Se houvesse um Procon das eleições, a presidente Dilma estaria sendo hoje instada a devolver o mandato que recebeu", afirmou.
O tucano disse que, se a proposta for aprovada, governadores e prefeitos poderão seguir o mesmo modelo do governo federal, alterando metas e descumprindo prazos.
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