A forte rejeição enfrentada pela presidente Dilma Rousseff (PT) entre os evangélicos levou os diretores da campanha pela reeleição a criar um comitê evangélico para que a relação com a liderança das igrejas seja mais amistosa.
Os responsáveis
pela criação do comitê serão Gilberto Kassab (PSD), ex-prefeito de São Paulo;
Eurípedes Júnior, (PROS); e Marcos Pereira (PRB), partido com forte ligação com
a Igreja Universal do Reino de Deus.
O PRB abriga
todos os pastores e bispos da Igreja Universal que aspiram uma carreira
política, e seu presidente, Marcos Pereira, queixou-se com Dilma e os ministros
Aloízio Mercadante e Ricardo Beroini a respeito da forma como os evangélicos
são tratados pelo governo.
Pereira explicou
que há forte rejeição ao PT e a Dilma Rousseff entre os evangélicos por conta
da agenda que o partido defende, com temas como a legalização do aborto, por
exemplo, amplamente criticada por pastores e outros líderes cristãos.
Segundo
informações do jornal O Globo, Dilma Rousseff ouviu as queixas e propôs
reuniões semanais para tratar do assunto com líderes evangélicos, com
participação dos aliados. Quando for iniciada a campanha de rádio, no dia 19 de
agosto, esses encontros passariam a ser quinzenais.
O jornalista Gerson Camarotti, colunista
do G1, também informou sobre os relatos feitos à presidente sobre os problemas
junto aos evangélicos.
“O alerta foi
feito pelo presidente do PRB, Marcos Pereira, ligado à Igreja Nacional [leia-se
Universal] do Reino de Deus. Ele lembrou que, segundo relatos, o universo
evangélico pode alcançar 50 milhões de brasileiros e que Dilma não estava bem
nesse segmento. A presidente disse que, em seu governo, nunca tratou de temas
polêmicos como a descriminalização do aborto e que, portanto, a oposição não
teria como criar um debate sobre o assunto na campanha. Em outro momento, Dilma
foi advertida de que há também um desgaste do PT. O representante do PR,
deputado Luciano Castro, chegou a dizer no encontro que há uma ‘fadiga de
poder’ e que a rejeição é em relação ao PT e não em relação à presidente”,
escreveu Camarotti.
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