O diretório estadual do PSOL decidiu barrar a candidatura do pastor Jefferson Barros a deputado federal. O pastor afirmou que recorrerá à direção nacional do partido, e se preciso, irá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Eu sou pastor, tenho ideologia
socialista e por isso me filiei ao PSOL. Se precisar, entro com recurso no TSE
(Tribunal Superior Eleitoral) e até com mandado de segurança para poder ser
candidato pelo partido”, disse Jefferson Barros, rebatendo o argumento dos
colegas de partido que alegaram que a ideologia do pastor não seria a mesma da
legenda.
O imbróglio envolvendo a candidatura
de Jefferson Barros começou quando os rumores de que o pastor seria um aliado
de Silas Malafaia se espalharam pelo partido. Jean Wyllys teria ameaçado não se
candidatar à reeleição caso o PSOL autorizasse a candidatura do pastor, pois
ele faria parte de uma estratégia que visava derrotá-lo nas urnas e assim,
tomar sua vaga na Câmara dos Deputados.
A deputada estadual Janira
Rocha afirmou, segundo informações do jornal O Globo, que o real motivo do veto
à candidatura do pastor seria intolerância religiosa contra evangélicos, já que
Barros é membro de Assembleia de Deus: “Já entramos com recurso na executiva
nacional do partido já que a estadual não nos deu direito de defesa. Acho
lamentável porque eles estão divulgando informações falsas a respeito do
Jeferson, que inclusive já escreveu uma carta pública em defesa dos direitos
civis. O problema é que ainda existe um preconceito muito grande dentro do
partido com as religiões neopentecostais, que no geral são bastante
conservadoras. Mas existem posições progressistas e acho que o partido perde a
chance de mostrar que é tolerante”.
Chico Alencar, o deputado mais votado do
PSOL nas eleições de 2010 e que, a reboque, elegeu Jean Wyllys, negou que tenha
havido preconceito dos membros do partido contra Barros: “Acho que essa
discussão é um exercício de democracia interna. O direito ao contraditório foi
garantido. E acho que se ficar no partido Barros terá que acumular posturas e
práticas que mostrem que ele defende os mesmos princípios que o PSOL sempre
defendeu e não está ligado a setores da política tradicional”.
Fonte: Gospel mais
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