A
presidente Dilma, por sua vez, negou recentemente existir defasagem entre a
tarifa brasileira e a praticada no exterior
RIO
e SÃO PAULO - A presidente da Petrobrás, Graça Foster, voltou a comentar, em
teleconferência com analistas e investidores, sobre o mecanismo de reajuste de
preços de combustíveis adotado internamente pela estatal.
"Avaliamos
o momento de aplicar metodologia ainda neste ano", disse a executiva.
Segundo ela, o câmbio ajudou a Petrobrás a reduzir a disparidade na comparação
com os valores externos.
"Isso
nos trouxe mais perto da convergência, diminuiu a distância. Enquanto perdura a
não paridade plena, temos que estar considerando a correção de preços",
acrescentou ela, destacando que as discussões deverão levar as finanças da
companhia a uma situação melhor no ano que vem.
Contradição. Em
jantar com jornalistas na última semana, a presidente Dilma Rousseff rechaçou
as notícias de que o governo está represando os preços da gasolina. Ela
contesta a tese de defasagem dos preços praticados pela Petrobrás em relação
aos do exterior.
Essa
diferença é apontada pela maioria dos analistas do setor como uma das principais
causas dos baixos resultados financeiros apresentados pela Petrobrás em seus
últimos balanços.
A
venda da gasolina ao consumidor por um preço inferior ao desembolsado pela
empresa para comprar combustível no exterior estaria agravando o endividamento
da estatal.
"Gostaria
que me mostrasse a conta", afirma Dilma na ocasião. "Me diz o que
está defasado. Está defasado em relação a que?".
A
presidente também negou na ocasião que haja interferência política na empresa.
"Não sou eu que defino o que a Petrobrás fará com dinheiro", disse.
O
último reajuste de preços praticado pela Petrobrás aconteceu em novembro do ano
passado.
Fonte:
Estadão - 12/05/2014
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