O pastor Ciro Zibordipublicou
uma reflexão sobre o calendário Maia, que prevê o fim do mundo no dia
21/12/2012 e fez citações a previsões de cientistas sobre os rumos do planeta
devido ao aquecimento global.
O artigo “A Bíblia afirma que o mundo
não acabará em 2012?”, publicado no jornal assembleiano Mensageiro da Paz, e
reproduzido em seu blog, usa como ilustração o roteiro do filme “2012”,
dirigido por Roland Emmerich, e que fala sobre uma catástrofe climática que
dizimaria milhões de vidas.
Zibordi afirma que embora “o enredo
de 2012 seja ficcional, o alerta de que o mundo poderá acabar em breve tem sido
levado a sério por muitos cientistas”, e menciona as preocupações com o
crescimento da população do mundo, emissão de gases nocivos à camada de ozônio,
entre outros fatores.
Entretanto, o pastor afirma ressalta
as profecias bíblicas em meio às previsões e predições divulgadas pela mídia:
“Se Jesus viesse buscar a sua Igreja hoje, o mundo só acabaria daqui a 1.007
anos”, observa, referindo-se à Grande Tribulação e o reinado do milênio,
profetizados na Bíblia Sagrada.
- Chegará, sem dúvida, o período que
o Senhor Jesus chamou de a Grande Tribulação (Mt 24.29), em que males sem
precedentes virão sobre a humanidade. Mas isso ainda não causará o fim do
mundo. Após o período de grande aflição de sete anos, será estabelecido o
Milênio (Ap 20.1-10). Somente depois desse período de mil anos de paz, em que a
Igreja reinará com Cristo, o mundo chegará ao fim. Segundo a Palavra profética,
“os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e
a terra, e as obras que nelas há, se queimarão” (2 Pe 3.10), dando lugar a um
novo céu e uma nova terra (Ap 21.1) – explica o pastor Ciro Zibordi.
Confira abaixo a íntegra do artigo “A Bíblia afirma que o mundo não
acabará em 2012?”, do pastor Ciro Zibordi:
Casei em 21 de dezembro de 1991. À
época, minha esposa e eu não sabíamos que o calendário maia terminaria nessa
mesma data. E, se acreditássemos em profecias sobre o fim do mundo, talvez
tivéssemos mudado a data de nosso casamento. Afinal, para muitos o mundo
acabará em 2012, exatamente no dia 21 do último mês deste ano! Brincadeiras à
parte, há algum fundamento na notícia alarmante de que o mundo chegará ao fim
em 2012?
Roland Emmerich, no filme-catástrofe
2012 — estrelado por John Cusack, Danny Glover e Woody Harrelson (Columbia
Pictures, 2009) —, tomou como base o fim do calendário maia para afirmar que
grandes catástrofes ocorreriam em vários lugares, gerando um colapso global e
ocasionando a destruição da Terra. Sua mensagem é clara: o mundo pode até não
acabar tão cedo, mas precisamos nos preparar para isso. O filme mostra que
ocorrerão, em breve, erupções solares e aquecimento do núcleo da Terra,
provocando o deslocamento da crostra terrestre. Isso culminará em grandes
emissões de materiais magmáticos de supervulcões, bem como em grandes
terremotos em toda parte.
Conquanto o enredo de 2012 seja
ficcional, o alerta de que o mundo poderá acabar em breve tem sido levado a
sério por muitos cientistas. Discovery Channel, National Geographic e History
Channel têm produzido documentários sobre a possibilidade de o fim do mundo
acontecer nas próximas décadas. Além dos recentes terremotos no Haiti e no
Japão, que deixaram muita gente atônita, ambientalitas estão preocupados com o
crescimento da população global e a ação predatória do ser humano. O renomado
cientista James Lovelock alerta: “Não se trata meramente de dióxido de carbono
em excesso no ar nem da perda da biodiversidade à medida que florestas são
derrubadas; a causa central é o excesso de pessoas, seus animais de estimação e
gado — mais do que a Terra consegue suportar” (Gaia: Alerta Geral, Intrínseca,
página 19).
Lovelock — formado em medicina,
química e biofísica — descarta a ideia de que o mundo acabará em 2012. Mas
defende a tese de que a Terra poderá ser destruída em pouco tempo: “A história
da Terra e os modelos climáticos simples baseados na noção de uma Terra viva e
reativa sugerem que são mais prováveis mudanças súbitas e surpresas [...]. Se o
governo do Reino Unido persistir em forçar os esquemas dispendiosos e nada
práticos da energia renovável, em breve descobriremos que quase tudo o que
resta da nossa região rural será usado para a produção de biocombustível,
geradores de biogás e parques eólicos de escala industrial — tudo isto no exato
momento em que precisaremos de todo o campo existente para o cultivo de
alimentos” (idem, páginas 20-30).
Outra preocupação apresentada pelo
cientista é o aquecimento global: “A mera redução da queima de combustíveis
fósseis, do uso de energia e da destruição de florestas naturais não será uma
resposta suficiente ao aquecimento global, principalmente porque parece que a
mudança climática pode acontecer mais rápido do que somos capazes de reagir a
ela. E ela pode ser irreversível. Consideremos: o Protocolo de Kyoto foi
elaborado há mais de dez anos e, desde então, parece que fizemos pouco mais que
gestos quase vazios para deter a mudança climática” (idem, página 25).
Quanto a uma possível guerra nuclear,
o cientista afirma: “Não demorará muito e poderemos nos defrontar com uma
devastação de alcance planetário pior até que uma guerra nuclear ilimitada
entre superpotências. A guerra climática poderia matar quase todos nós e deixar
os poucos sobreviventes com um padrão de vida comparável ao da Idade da Pedra”
(idem, página 44). Podemos ignorar a mensagem transmitida por um filme de
ficção e até rir dela. Entretanto, o alerta de um cientista premiado, como
James Lovelock — considerado pela revista Prospect um dos maiores intelectuais
do mundo —, não deve ser desprezado.
Chegará, sem dúvida, o período que o
Senhor Jesus chamou de a Grande Tribulação (Mt 24.29), em que males sem precedentes
virão sobre a humanidade. Mas isso ainda não causará o fim do mundo. Após o
período de grande aflição de sete anos, será estabelecido o Milênio (Ap
20.1-10). Somente depois desse período de mil anos de paz, em que a Igreja
reinará com Cristo, o mundo chegará ao fim. Segundo a Palavra profética, “os
céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a
terra, e as obras que nelas há, se queimarão” (2 Pe 3.10), dando lugar a um
novo céu e uma nova terra (Ap 21.1). Segue-se que o servo do Senhor não precisa
se preocupar com o fim. Afinal, se Jesus viesse buscar a sua Igreja hoje, o
mundo só acabaria daqui a 1.007 anos!
O fim do mundo, propriamente dito,
ocorrerá somente depois de vários eventos escatológicos previstos nas Escrituras:
o Arrebatamento da Igreja, o Tribunal de Cristo, as Bodas do Cordeiro, a Grande
Tribulação, a batalha do Armagedom, o Milênio, a última revolta de Satanás e o
Juízo Final. Isso não significa que devemos ficar desapercebidos e ignorar o
cumprimento profético e a bem-aventurada esperança (Tt 2.13). Em Mateus 24.3,
vemos que os discípulos do Senhor Jesus, após ouvirem a sua predição de que o
Templo em Jerusalém seria destruído — profecia que se cumpriu no ano 70 d.C. —,
lhe fizeram uma indagação tripartida, a qual abarcou: (a) o futuro próximo:
“quando serão essas coisas”; (b) o futuro remoto: “que sinal haverá da tua
vinda”; e (c) o “fim do mundo”.
Considerar as três partes da pergunta
dos discípulos é a chave para o entendimento de todo o plano escatológico
descrito em Mateus 24, o qual apresenta sinais alusivos ao primeiro século, à
Segunda Vinda e à consumação de todas as coisas. Ao ouvir o mencionado
questionamento tríplice, o Senhor alertou: “Acautelai-vos, que ninguém vos
engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão
a muitos” (Mt 24.4,5). Isso mostra que, nos dias que antecedem o Arrebatamento
da Igreja, aumentará o número de enganadores (Mc 13.22; 2 Pe 2.1,2) e de
seguidores do erro, inclusive entre os cristãos (2 Tm 4.3).
Depois do Rapto, entrarão em cena, em
pessoa, o Anticristo e o Falso Profeta (Ap 13). Enquanto isso não acontece,
inúmeros precursores desses agentes do mal têm agido no mundo (1 Jo 2.18;
4.1-3; 2 Pe 2.2). E não são poucos os propagadores de doutrinas falsas e
falsificadas. Na mesma resposta à pergunta tripartida dos seus discípulos, o
Senhor profetizou: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos”
(Mt 24.11). A cada dia, aumenta o número dos lobos (At 20.29), que, com a sua
aparência de piedade (2 Tm 3.5), se passam por ovelhas (Mt 7.15) e enganam os
desavisados (Ef 4.14). Mas a Noiva já está pronta! Os salvos, preparados, estão
fazendo a última oração da Bíblia: “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).
Ciro Sanches Zibordi
Publicado no jornal Mensageiro da
Paz, de julho/2012
Fonte: Redação Gospel+
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