Supermercados lançam
cada vez mais itens de marca própria para fidelizar clientes em suas compras
Comprar produtos de marcas próprias nos supermercados pode dar uma boa economia
na hora de encher o carrinho. Na comparação com os produtos de marcas
conhecidas, esses itens são até 50% mais baratos, segundo levantamento feito
pelo DIÁRIO em quatro estabelecimentos (veja ao fim do texto).
O álcool líquido da Cooperalcool é vendido por R$ 6,20 o litro no supermercado
Bom Preço. Se optar pela marca própria, o consumidor pagará R$ 3,80, uma
economia de R$ 2,40.
A embalagem de 350 gramas do creme de avelã da marca Carrefour custa R$ 7,89,
34,1% a menos do que o da Nutella, que sai por R$ 11,99.
O genérico do tira mancha Vanish no hipermercado Extra custa R$ 17,52. O
original sai por R$ 27,87. O Pão de Açúcar oferece uma vantagem de 45,1% no
preço do envelope de sopa em pó. A sopa em pó Maggi custa R$ 3,99 e o
produto idêntico da marca Taeg (do Pão de Açúcar) sai por R$ 2,19.
Estratégia
Investir em marca própria é uma forma usada pelos supermercados para fidelizar
o cliente. Essa estratégia tem se revelado um sucesso e as vendas crescem, em
média, 10% ao ano. Os produtos mais consumidos pelos brasileiros são leite,
papel higiênico, óleo vegetal, açúcar, biscoitos, arroz, pães e bolos,
panetones, carnes congeladas e iogurtes. Essas dez categorias representam 42,4%
do total do faturamento do setor de marcas próprias, que no Brasil soma
64.200 itens diferentes comercializados por 200 varejistas.
No setor de alimentos, por exemplo, 6,2% do volume de vendas são das marcas
próprias. No segmento limpeza, a marca da casa tem 5,6% das
vendas.
Para Marco Quintarelli, especialista em marketing e marcas de varejo, o
crescimento da renda da classe C nos últimos anos foi o motor propulsor das
marcas próprias. “No primeiro momento, as famílias emergentes procuraram o
prestígio dos produtos famosos. Depois, elas experimentam as marcas próprias,
perceberam que a qualidade é a mesma e o preço compensa”, disse.
“No Brasil, os consumidores vêm conhecendo mais as marcas próprias e, com isso,
perdem a visão de que são produtos de qualidade inferior. Quando as pessoas
avaliam o produto e verificam sua qualidade, passam a ser consumidoras”, disse
Martinho Paiva Moreira, diretor de economia da Apas (Associação Paulista dos
Supermercados).
Fonte: http://diariosp.com.br - 04/08/2012
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