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20 junho 2012

Pastor Silas Malafaia fala sobre política, conduta cristã e projeto de expansão da ADVEC em entrevista à Veja. Leia na íntegra


A entrevista concedida pelo pastor Silas Malafaia à sessão “Páginas Amarelas” da revista Veja foi transcrita na íntegra no blog do jornalista Ricardo Setti.
Na conversa com o jornalista Pedro Dias Leite o pastor Silas Malafaia falou sobre a expansão do ministério Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que ele projeta alcançar 5000 templos em dez anos, sobre política, projetos de lei que vão contra os princípios cristãos, conduta cristã dos fiéis, críticas ao líder da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, entre outros assuntos.
O pastor Silas revelou que o implante de cabelo que ele fez custou R$ 20 mil, e foi feito pelo mesmo médico que cuidou do ex-ministro José Dirceu (PT-SP) e do senador José Agripino Maia (DEM-RN),

Revelou também que está construindo um novo templo para a ADVEC, que terá ar-condicionado central e ao todo, a obra custará R$ 4 milhões, pagos com dízimos e ofertas dos membros. O pastor Silas também se disse favorável à arrecadação de doações através de máquinas de cartão de crédito, e afirmou que entre 50% e 60% dos R$ 20 milhões que a ADVEC arrecadou no ano passado se deu por esse meio.
Confira abaixo a íntegra da entrevista do pastor Silas Malafaia às “Páginas Amarelas” da revista Veja:
A que o senhor atribui o crescimento do número de evangélicos no Brasil?
O Evangelho não é algo litúrgico, para ser dissecado em um culto de duas horas. A grandeza do Evangelho está no fato de ser algo que pode ser praticado. A Bíblia é o melhor manual de comportamento humano do mundo.
As igrejas evangélicas têm pregado uma mensagem de grande utilidade para a vida das pessoas também depois do culto. Esse é o grande segredo. De que adianta eu fazer o meu fiel ficar duas horas dentro de um templo se, quando aquilo acaba, nada muda nas relações dele com a família, com o trabalho e na vida social?
Nós pregamos uma mensagem que condiciona a prática da pessoa no seu dia a dia. Jesus disse: “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”. Ele fala da vida terrena nessa passagem.
Entre os católicos, quem mais se aproximou de nós, evangélicos, nessa maneira de encarar a pregação foi o movimento carismático. Os padres carismáticos católicos adotaram uma maneira de pregar que os pastores já utilizam há mais de quarenta anos.
Os pastores são muito eficientes não apenas em atrair mas também em manter seu rebanho, não?
Sim. Quando uma pessoa se diz católica e alguém pergunta qual foi a última vez que ela foi à igreja, uma resposta comum é que isso ocorreu há vinte anos, quando fez a primeira comunhão.
Entre os evangélicos, o fiel mais desligado vai responder que comparece aos cultos pelo menos duas vezes por semana, que dá o dízimo e faz a oferta.

Essa ênfase dos pastores em arrecadar dinheiro dos fiéis não é muito suspeita?
Existe um preconceito miserável em relação aos evangélicos, que costumam ser descritos como bandos de idiotas, tapados, semianalfabetos, manipulados por espertalhões dedicados a arrancar tudo o que querem deles. Engana-se quem os enxerga assim.
Manipulação e exploração existem em todo lugar. Tem muito bandido por aí. Mas esses malandros não conseguem segurar o povo.
A distância que me separa de um Edir Macedo, por exemplo, vai do Brasil à China, mas é um erro achar que todo mundo que dá dinheiro à igreja dele, a Universal, é imbecil ou idiota. Claro que não é.
A pessoa doa porque se sente abençoada, porque se libertou da bebida, vício que consumia todas as economias dela e que a deixava sem condições até de pagar a conta de luz. Ninguém é obrigado a ofertar. Mas, se quer ser membro, se quer pertencer ao grupo, tem de ajudar.
Estou construindo uma igreja linda, com ar-condicionado central, ao custo de 4 milhões de reais. Ela será paga com ofertas dos fiéis, pois, obviamente, não vai descer um anjo do céu e dizer “Malafaia, está aqui um cheque de Jeová, preencha e deposite”.
Quem critica os pastores deveria mesmo é agradecer às igrejas evangélicas. Desafio qualquer um a me apresentar uma entidade que recupere mais pessoas do que as igrejas evangélicas. Fazemos isso a um custo zero para o governo. Ainda assim, sempre aparece um desinformado querendo taxar a igreja, cobrar imposto. Logo de nós, que não cobramos um centavo sequer do governo para livrar as pessoas das drogas, da prostituição ou da bebida, e ainda temos impacto positivo na vida profissional dos fiéis.
Muitos empregadores fazem questão de só contratar evangélicos. A gente ensina ao fiel que, quando ele está trabalhando, deve servir ao patrão como se estivesse servindo ao próprio Deus. É o que a Bíblia ensina.
Não é exagero?
Não. Deus trabalha em harmonia com a ordem. Deus ama a autoridade. Aquilo que uma pessoa respeita é aquilo que ela vai atrair para a sua vida. Se alguém não respeita autoridade, não vai atrair essa noção para a vida dela.
O evangélico não fuma e, portanto, adoece menos. Ele não bebe. Então, dificilmente vai ser daquele tipo de gente que não consegue acordar cedo, que sai para almoçar, enche a cara e faz o trabalho todo errado na parte da tarde. Evangélico não cheira cocaína. Ele aprende na igreja a ter princípios rígidos.
Mas é bom que fique claro que a Bíblia também impõe deveres aos patrões. O livro sagrado adverte os patrões de que existe uma força superior a eles, um poder que não permite que façam qualquer coisa.
Tem muita gente pragmática que já chega à igreja acreditando que vai aprender como subir na vida?
Tem, mas, se o objetivo fosse apenas subir na vida, não teria rico na igreja. Na minha tem gente pobre, mas também tem desembargadores, membros do Ministério Público, doutores, empresários.
Mas dinheiro não é tudo. Se fosse, rico não daria tiro na cabeça, não tomaria remédio de tarja preta. Mesmo que muita gente pense que não deu certo na vida porque Deus não quis, a lógica de buscar amparo em uma igreja não é essa. A pessoa que transfere suas incompetências para Deus está equivocada.
Quando um fiel me procura e pede “pastor, ore por mim porque o diabo está roubando as minhas finanças”, eu mando parar com conversa fiada. Se uma pessoa sempre gasta mais do que ganha, a culpa é dela mesma. Não pensem que Deus vai ficar cuidando das pessoas como se elas fossem bebês. Desço a mamona nesse tipo de conversa.
Eu mesmo quebrei seis vezes por culpa da minha incompetência, da minha falta de experiência. O Evangelho me prepara para viver a vida de maneira triunfante, mas não utópica. Quem ganha 1 000 reais não pode querer gastar 1 100. Não adianta depois esperar que Deus tire o nome do sujeito do cadastro de maus pagadores.
O senhor vê uma relação entre a ascensão da nova classe média e o crescimento das igrejas evangélicas?
A classe emergente quer crescer, conquistar, quer ter o que nunca teve. Está emergindo para a conquista de coisas. A igreja é poderosa nesse negócio, tanto é que o secretário-geral da Presidência falou uma bobagem e depois veio pedir desculpa. [Em fevereiro, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, falando da dificuldade do governo de se comunicar com a nova classe média, disse que o Estado tem de fazer uma disputa ideológica por essa fatia da população, que estaria sob hegemonia de alas conservadoras, como os pastores evangélicos.]
Estamos aqui para pregar o Evangelho a todo mundo, para as pessoas crescerem e serem alguém na vida. Mas hoje o que se diz é que tudo o que é religioso tem de ser jogado de lado.
Quer dizer que o filósofo, o metalúrgico ou o sociólogo podem influenciar politicamente, mas os pastores não? Não aceito esse raciocínio.
A sua atuação contra o projeto que criminaliza a homofobia em debate no Congresso foi contundente. Mas influir em leis é papel de um religioso?
Se não fosse assim, a casa tinha caído. Essa lei é a lei do privilégio. O Brasil não é homofóbico. Eu separo muito bem os homossexuais dos ativistas gays.
Esses últimos querem que o Brasil seja homofóbico para mamar verba de governo, de estatais, é o joguinho deles. Homofobia é uma doença.
Ódio aos homossexuais, querer matá-los ou agredi-los é uma doença. Agora, opinião não é homofobia. O projeto diz que, se um homossexual se sentir constrangido pela internet, por um veículo de comunicação, cadeia no cara que constrangeu. Exatamente o que prevê a lei do racismo.
Agora, olhe a diferença. Você já nasce com sua raça. Não escolhe. O homossexualismo é comportamental. Não vejo lógica em uma lei para criminalizar quem agride homossexual se um soco dado em um hétero doi da mesma maneira. A lei que estão propondo é uma lei da mordaça. Se não aprendermos a respeitar a liberdade de expressão, será melhor mandar fechar a conta para balanço.
O senhor pratica exorcismo?
A igreja tem isso. Se um fiel cair com espírito maligno, nós vamos cuidar dele. Mas não fazemos disso um pilar. A nossa igreja é marcada pela pregação da Bíblia.
Essa é a principal diferença entre sua igreja e as outras evangélicas pentecostais?
Elas são muito centradas na prosperidade financeira. A Bíblia diz que prosperidade é obedecer às leis de Deus. Ser próspero não envolve só a parte material. Indica relacionamento com Deus, alegria de viver, paz, uma vida abundante.
Quem não acredita em prosperidade é um idiota. Se riqueza fosse um mal, o senhor do mal faria todo mundo ficar rico. Mas não é só o aspecto financeiro. A igreja tem de pregar, preparar o fiel, ensinar a conhecer a palavra, a vida com Deus. Se for para prometer milagre, posso fazer seis cultos por dia. A minha igreja e a maioria das evangélicas não aceitam esse tipo de coisa.
Qual a sua posição sobre o projeto que propõe a descriminalização do uso de drogas e que deve chegar ao Congresso ainda neste mês?
Espero que o Senado e a Câmara joguem no lixo essa porcaria. Perderam o juízo. Não existe lógica em liberar o consumo de drogas e penalizar o traficante. Então eu estou desconfiado de que vai vir um marciano vender drogas aqui, um intergaláctico. Olhe a hipocrisia!
O senhor assumiu o comando da igreja em 2010, mudou o nome para Assembleia de Deus – Vitória em Cristo e deu início a um bem-sucedido projeto de expansão. Até onde pretende chegar?
Essa aqui era uma igreja de bairro, meu sogro era presidente. Quando meu sogro morreu, fui eleito por unanimidade para o lugar dele. Agora, temos igrejas no Paraná, em Santa Catarina, no Espírito Santo, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, além do Rio. São 120 templos, e eu quero chegar a 5 000 em dez anos.
Qual foi a sua arrecadação no ano passado?
A igreja arrecadou 20 milhões de reais. De 50% a 60% do dízimo foi ofertado por meio de cartão de crédito. Não vejo nenhum problema nisso. Comprar bebida com cartão pode. Ir para o motel trair a mulher e pagar com cartão pode. Dar dinheiro à igreja usando cartão não pode?
Os pastores ganham bem?
Pago entre 4 000 e 22 000 reais a eles, dependendo da função, do tempo dedicado. Pastor que vem de outras cidades recebe casa, escola e plano de saúde. A igreja não quer ter um pastor maltrapilho. Uma pessoa não pode ser incumbida de cuidar de vidas se a cabeça dela estiver focada em arranjar dinheiro para pagar as contas.

O senhor ficou rico?
Tenho uma boa casa no Recreio dos Bandeirantes, em um condomínio.
Hoje deve valer uns 2,5 milhões de reais, acho que paguei 600 000. Tenho alguns apartamentos e uma casa em Boca Raton, na Flórida, que comprei para pagar em trinta anos. Meu filho estudou nos Estados Unidos.
No ano passado, ganhei de presente de aniversário de um parceiro um carro Mercedes-Benz blindado. Em 2010 comprei um jato Gulfstream fabricado em 1986 e paguei por ele 3 milhões de dólares. O jato não é da igreja, e também não é meu. Quem comprou mesmo foi a associação que administra nossas obras sociais e custeia nosso tempo na televisão.
O senhor pensa em entrar para a política?
Nunca serei candidato a nada, nem a assistente de carimbador de vereador. Mas quero influenciar as pessoas. Votei duas vezes no Fernando Henrique Cardoso, duas vezes no Lula, depois votei no José Serra. Não satanizo partido político nem candidaturas.
O senhor fez implante de cabelo?
Custou 20 000 reais. Ficou muito bom. Fiz com o mesmo médico do Zé Dirceu [ex-ministro José Dirceu] e do Agripino [senador José Agripino Maia, do DEM do Grande do Norte].
Fonte: G+

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