Uma
pesquisa realizada na Suíça mostrou que a Igreja Católica está ficando sem
padres, os dados mostram que no ano de 2029 haverá aproximadamente um terço a
menos de sacerdotes comparado à quantidade contada no ano de 2009. Alguns
grupos católicos tem defendido o fim do celibato dentro da igreja, e ainda
propõem a inclusão de mulheres para o ofício.
Mas,
o Instituto Suíço de Sociologia Pastoral, publicou um livro em 2011 abordando
sobre o assunto, e revelou que o envelhecimento e a redução do número de padres
serão atenuados pelo crescimento da quantidade de ajudantes não ordenados.
Arnd
Bunker, um dos autores do livro, comentou, “Fizemos um prognóstico para os
próximos 20 anos e podemos dizer que não há surpresas: o número de sacerdotes
cairá.”, e ainda explicou que o número de padres ordenados será menor do que a
quantidade de os sacerdotes que falecem.
Ele
ainda comentou sobre o celibato, “Esse é um antigo problema e que está
relacionado às vocações. O celibato é uma razão, porém não decisiva para
explicar essa tendência”, e sobre a igreja como instituição, “É um problema do
papel que a igreja tem atualmente nas nossas vidas, na sociedade e na cultura.
O lugar da religião institucionalizada, ou seja, as igrejas oficiais, mudou
bastante. As antigas estruturas de vocação não existem mais.”, citou o
escritor.
A
igreja acredita poder haver uma reversão nesse quadro, Nicolas Glasson, reitor
do seminário Católico em Villars, citou o exemplo da França, que passou por
situação parecida com a da Suíça, mas conseguiu se reerguer. “A França passou
pela situação vivida por nõs atualmente, mas isso há trinta ou quarenta anos.
Nos últimos dois anos os números se mantiveram estáveis e agora eles cresceram
em 10%”, relatou Glasson. O resultado foi conseguido através de campanhas para
atrair jovens para o seminário e o sacerdócio, chegaram a utilizar inclusive
redes sociais como o Facebook, o que de um expressivo resultado.
Outras
ideias como a de trazer sacerdotes de outros países estão sendo cogitadas pela
igreja, além de um trabalho mais interativo entre as paróquias, sendo estas
mais ativas socialmente. Mas, de acordo com a teóloga Monika Hungerbühler, tais
iniciativas seriam apenas um começo, ela é uma das defensoras do casamento dos
padres e da aceitação das mulheres no sacerdócio, e aponta as mudanças como uma
solução, “Espero muito que em trinta anos possamos ter padres casados e que
mulheres sejam capazes de se tornar diáconos e padres”, e complementou, “Atualmente,
as leis da Igreja não permitem isso. Mas, se houve um Concílio Vaticano III e
uma lufada de ar fresco, então talvez possamos encontrar um caminho.”.
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