28 março 2012

“Poder econômico já não é mais garantia de vitória nas urnas e lideranças não são mercadorias”, disse Brasilina


Nosso País está mudando, a passos lentos, é verdade, mas está mudando. No campo das campanhas políticas, por exemplo, a legislação tratou logo de igualar a disputa eleitoral entre todos. É que antes quem dispusesse de afortunados orçamentos para bancar a sua campanha – contratando bandas famosas para animar os comícios, excelentes aparelhagens de som, camisas, santinhos, transporte, etc – geralmente saia na frente. Hoje, quem dispor de uma quantia significativa de dinheiro para fazer campanha política e não saber usá-la, poderá perder o mandato lá na frente. Qualificamos isso como um avanço na legislação eleitoral brasileira.

O uso indiscriminado e indevido do dinheiro nas campanhas políticas, visando tirar proveito (conquista do voto) oferecendo benefícios ao eleitor, é proibido por lei. É o chamado crime de abuso do poder econômico. A legislação eleitoral é clara quando diz que todos os candidatos terão que ter a proporcionalidade da igualdade. Ou seja, quem estiver no poder não poderá, por exemplo, fazer publicidade dos seus atos administrativos usando o dinheiro público durante a campanha eleitoral. É que, do contrário, quem estiver fora do poder não terá a mesma oportunidade.
Assim sendo, é proibido esse tipo de conduta por parte dos gestores. Recentemente a Vereadora laranjeirense Maria Brasilina Borges Santos/PSD, em um dos seus discursos no parlamento municipal, repudiou a linguagem usada por alguns correligionários de um certo grupo político local em que expressam abertamente que os seus líderes estariam aguardando tão somente as convenções municipais para comprarem os apoios de lideranças que atualmente estão no grupo adversário, mais especificamente no grupo do PMDB. “Temos dois milhões de reais para comprarmos muitas lideranças que estão do outro lado. Dinheiro não é problema e
liderança gosta é de dinheiro”, dizem supostamente os correligionários do tal grupo. “Já não se faz política dessa forma, dizer que vão comprar as lideranças que estão conosco, isso é um absurdo. Estão chamando os políticos de Laranjeiras que estão tentando um novo projeto para nossa cidade de mercenários, de mercadorias. É um desrespeito, pois parece que ainda não aprenderam a lição”, disse Brasilina. Laranjeiras mesmo já teve um prefeito cassado acusado de abuso de poder econômico. Trata-se do ex-prefeito Paulinho da Varzinhas/PDT, hoje impossibilitado de concorrer a prefeitura do município por estar enquadrado na lei ficha limpa ao ter sido condenado por um colegiado da justiça pelo crime de improbidade administrativa. Assim sendo. hoje notamos que ter dinheiro para bancar uma campanha política já não é mais sinônimo de segurança rumo a uma vitória nas urnas. Dinheiro certamente é importante, mas não é tudo. Uma denúncia de compra de voto, por exemplo, sendo comprovada, pode levar o candidato vitorioso a perder o mandato, e antes disso, só por estar nas barras dos tribunais, indo e voltando do fórum para responder a processos, obtendo assim um desgaste emocional, faz qualquer um político pensar duas vezes antes de querer comprar quem não está à venda. (Gazeta do Cotinguiba. Ed 119 de março de 2012)

2 comentários:

  1. Você perdeu a moral para o nosso povo. Estamos unidos com os professores, classe essa, desfavorecidas por vocês.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Observando a matéria acima Vânia, percebemos que a vereadora está tentando criar uma situação para fugir do foco principal que é o problema dos professores na qual tanto ela como outros não deram atenção. Eu também estou a favor dos professores. Só lamento o episódio de quinta-feira quando "eles" fugiram da verdadeira greve pacífica para a agressiva. Fora a isso, estamos na luta a favor do melhor para os professores. Valeu Vânia, pelos comentários!!!

      Excluir