Nos
próximos dois anos, os tipos de câncer mais incidentes no território brasileiro
serão o câncer de pele, próstata, mama e pulmão O Brasil registrará no próximo
ano 520 mil novos casos de câncer, segundo estimativa divulgada pelo Instituto
Nacional do Câncer nesta quinta-feira. De acordo com os novos dados, os tipos de
câncer mais incidentes entre 2012 e 2013 serão o de pele, próstata, mama e
pulmão.
Divulgado por causa do Dia Nacional de Combate ao Câncer (27 de novembro), o estudo traz dados sobre sete novas localizações de tumores: bexiga, ovário, tireoide (nas mulheres), Sistema Nervoso Central, corpo do útero, laringe e linfoma não-Hodgkin.
As estimativas do Inca são elaboradas a cada dois anos. Segundo o instituto, não é possível compará-las com os anos anteriores, já que são utilizadas metodologias e bases de dados diferentes. No levantamento de 2010, o total de novos casos previstos era de 489.270. Segundo o coordenador-geral de Ações Estratégias do INCA, o oncologista Cláudio Noronha, todos os tumores tendem ao crescimento, porém, como não é uma doença aguda, não há uma mudança de padrão abrupta. "O câncer é uma doença crônica, que tem uma história natural demorada e leva décadas para se manifestar. Então, não costumamos registrar grandes mudanças entre um ano e outro", diz.
Diferença entre os sexos — De acordo com os dados, a ocorrência de casos novos é semelhante em ambos os sexos, totalizando cerca de 260 mil para cada um. O câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum, com 62.680 casos em homens e 71.490 ocorrências nas mulheres. Segundo o Inca, se detectado precocemente, esse tipo de câncer apresenta altos percentuais de cura. Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e de mais baixa mortalidade.
Ao desconsiderar o câncer de pele não melanoma, os tipos de câncer mais prevalentes entre os homens são: próstata (60.180); pulmão (17.210); cólon e reto (14.180); estômago (12.670); e cavidade oral (9.990). Entre as mulheres, os tumores mais incidentes são: mama (52.680); colo do útero (17.540); cólon e reto (15.960); tireoide (10.590); e pulmão (10.110). Clique aqui para saber sobre esse indice
Desigualdade regional — A incidência de cada
tipo de câncer varia de acordo com a região do país. Na região Norte, por
exemplo, o câncer de colo do útero supera o câncer de mama, com 23,6 casos por
100 mil habitantes contra 19,3. A alta incidência desse tipo de câncer
evidencia a falta de acesso a exames básicos nessa região do país, já que o câncer
de colo de útero pode ser diagnosticado precocemente com o exame papanicolau,
disponível na rede pública de saúde. O Ministério da Saúde orienta que mulheres
entre 25 e 64 anos de idade sejam submetidas ao exame preventivo.
Noronha explica que na região Norte a exposição ao vírus HPV é muito precoce. "O padrão da doença lá é diferenciado em relação ao restante do país. Há um número elevado de gravidez na adolescência nesses locais, o que representa uma exposição maior a essa infecção", diz. Além disso, outra característica é a dificuldade de acesso ao serviço de saúde. "Em Manaus, por exemplo, estão sendo implantados novos laboratórios, centros especializados em tratamento do câncer de colo de útero e programa de qualificação de ginecologistas", afirma. "Apesar disso, ainda é preciso ampliar a oferta desses serviços na região Norte e, em menor proporção, no Nordeste também".
No caso do sexo masculino, o câncer de próstata é o mais incidente em todas as regiões do Brasil. O câncer de estômago aparece em segundo lugar nas regiões Norte e Nordeste, com 11 e 9 casos a cada 100 mil habitantes, respectivamente. De acordo com o Inca, o maior fator de risco para o aparecimento do câncer de estômago é a infecção pela bactéria H. pylori, responsável por 63% dos casos de câncer gástrico. Além disso, uma alimentação pobre em vitamina A e C, consumo excessivo de alimentos enlatados, defumados, com corantes e conservados em sal também contribuem para o surgimento da doença.
O câncer de pulmão é o segundo mais frequente nas regiões Sul (37 casos para cada 100 mil habitantes) e Centro-Oeste (17 casos para cada 100 mil habitantes). Segundo o Inca, o Sul do país concentra a maior parte de produtores de fumo, o que pode estar ligado ao alto consumo de derivados do tabaco.
Segundo projeção feita pela Organização Mundial da Saúde, serão registrados 27 milhões de novos casos de câncer em todo o mundo. Além disso, serão 17 milhões de mortes pela doença. "O Brasil tem uma incidência de câncer entre média e alta. Na comparação internacional, o país está acima da média, mas abaixo da ocorrência de câncer em países do primeiro mundo como Estados Unidos, Canadá e países da Europa, que têm a população mais envelhecida e mais exposta devido à carga de tabagismo maior que a nossa", diz Noronha. (Veja online)
Noronha explica que na região Norte a exposição ao vírus HPV é muito precoce. "O padrão da doença lá é diferenciado em relação ao restante do país. Há um número elevado de gravidez na adolescência nesses locais, o que representa uma exposição maior a essa infecção", diz. Além disso, outra característica é a dificuldade de acesso ao serviço de saúde. "Em Manaus, por exemplo, estão sendo implantados novos laboratórios, centros especializados em tratamento do câncer de colo de útero e programa de qualificação de ginecologistas", afirma. "Apesar disso, ainda é preciso ampliar a oferta desses serviços na região Norte e, em menor proporção, no Nordeste também".
No caso do sexo masculino, o câncer de próstata é o mais incidente em todas as regiões do Brasil. O câncer de estômago aparece em segundo lugar nas regiões Norte e Nordeste, com 11 e 9 casos a cada 100 mil habitantes, respectivamente. De acordo com o Inca, o maior fator de risco para o aparecimento do câncer de estômago é a infecção pela bactéria H. pylori, responsável por 63% dos casos de câncer gástrico. Além disso, uma alimentação pobre em vitamina A e C, consumo excessivo de alimentos enlatados, defumados, com corantes e conservados em sal também contribuem para o surgimento da doença.
O câncer de pulmão é o segundo mais frequente nas regiões Sul (37 casos para cada 100 mil habitantes) e Centro-Oeste (17 casos para cada 100 mil habitantes). Segundo o Inca, o Sul do país concentra a maior parte de produtores de fumo, o que pode estar ligado ao alto consumo de derivados do tabaco.
Segundo projeção feita pela Organização Mundial da Saúde, serão registrados 27 milhões de novos casos de câncer em todo o mundo. Além disso, serão 17 milhões de mortes pela doença. "O Brasil tem uma incidência de câncer entre média e alta. Na comparação internacional, o país está acima da média, mas abaixo da ocorrência de câncer em países do primeiro mundo como Estados Unidos, Canadá e países da Europa, que têm a população mais envelhecida e mais exposta devido à carga de tabagismo maior que a nossa", diz Noronha. (Veja online)
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