Pesquisa publicada no periódico científico Lancet foi feita com base em dados da campanha de vacinação contra a covid-19 em Israel
A vacina da Pfizer começou a ser aplicada nesta semana no Brasil
LEONHARD FOEGER/REUTERS - 30.04.2021
A vacina contra a covid-19 produzida pela parceria entre Pfizer e BioNtech oferece mais de 95% de proteção contra infecção, internação e morte pela doença, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira (6) pela revista The Lancet.
O
estudo foi feito com base em dados da campanha de vacinação de Israel, que usou
apenas o imunizante da farmacêutica americana, coletados entre 24 de janeiro e
3 de abril de 2021. A pesquisa é fundamental no curso da pandemia do
coronavírus, pois pela primeira vez a eficácia foi analisada em todo um país
com informações populacionais.
Segundo o levantamento, a dose dupla do imunizante da Pfizer
provou ser altamente eficaz em todas as faixas etárias na prevenção da
transmissão sintomática e assintomática do vírus SARS-CoV-2, bem como de
internações e morte por causa da doença.
Eficaz em todas as
faixas etárias
Segundo
o estudo, a proteção contra coronavírus é tão forte entre os mais velhos quanto
entre os adultos mais jovens. As análises apontoam que a vacina da farmacêutica
americana entre aqueles com mais de 85 anos os protege 94,1% da infecção, 96,9%
da hospitalização e 97% da morte por covid. Enquanto isso, adultos de 16 a 44
anos imunizados preveniram a infecção em 96,1% dos casos e a morte em 100%.
A vacina da Pfizer e da BioNtech, chamada BNT162b2, foi
licenciada para uso em 6,5 milhões de pessoas em Israel em dezembro de 2020, de
acordo com resultados de laboratório entre aqueles com 16 anos ou mais, e em
uma época em que a cepa dominante era a britânica (B117).
Mais
de um ano após o começo da pandemia, o coronavírus já causou mais de 131
milhões de infecções e mais de 2,8 milhões de mortes no mundo inteiro, conforme
dados do início de abril deste ano.
Israel
registrou 232.268 casos, 7.694 internações e 1.113 mortes por covid-19 durante
o período de análise refletido no estudo. No dia da conclusão do levantamento,
3 de abril, 72,1% da população israelense já havia recebido pelo menos uma das
duas doses da vacina, tornando o país aquele com a maior proporção de população
imunizada em todo o mundo.
"(O estudo) É uma oportunidade única e real para determinar
a eficácia da vacina e observar os amplos efeitos da campanha de vacinação
sobre a saúde pública", considerou a principal autora do relatório e
integrante do Ministério da Saúde, Sharon Alroy-Preis,
Entretanto,
os autores da pesquisa advertem que os dados não devem ser generalizados. Os
responsáveis ressaltaram que é importante levar em conta as diferenças
existentes nas campanhas de vacinação entre países, bem como a evolução da
pandemia e o surgimento de novas cepas no futuro, o que pode causar variações
percentuais na eficácia.
O
consultor médico do Departamento de Vacinas da Pfizer nos Estados Unidos, Luis
Jodar, afirmou que é urgentemente necessário obter mais dados sobre a vacina da
Pfizer-BioNTech contra infecções graves e mortes. Segundo ele, isso será vital
para enfrentar a pandemia.
Transcrito do https://noticias.r7.com/saude/vacina-da-pfizer-tem-mais-de-95-de-eficacia-aponta-estudo-06052021
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