E
aconteceu diante com força o 1º Encontro de Moradores do Povoado Machado
promovido pela Associação Comunitária na tarde de sábado, 19/10, na sede da
referida associação com o objetivo de solucionar problemas que vem prejudicando
a comunidade.
O
que parecia acontecer mediante um público pequeno ou até quase sem
representação, tudo foi diferente e parece que os moradores estão realmente
interessados em debater os problemas que ocorrem em seu povoado. Mas de vinte
moradores presentes todos atribuíram opiniões relevantes contra a Poluição,
contra a Detonação e contra a falta de Infraestrutura que vem passando a única
rua desse povoado. São buracos que cada vez mais cresce – e parece que o
governo municipal não tem se preocupado com isso; lameiro e esgoto a céu
aberto. É um verdadeiro desmando e se isso não bastasse, a fábrica de cimento
que nos últimos dias vem poluindo esse povoado tido como fundo de quintal dessa
fábrica. Na reunião todos demonstraram a preocupação com a situação e querem um
dia viverem bem de acordo com o Relatório produzido pela Associação a respeito
da poluição. Mas todos mesmo indignados entendem que em todos processos
levantados contra a fábrica a Adema sempre deu parecer técnico favorável para a
Cimesa. Não entendem, e se preocupam mais ainda porque sabem que o problema
existe e tem prejudicado muitas pessoas no povoado. O Marcos que abriu um
processo contra a fábrica está esperando ainda um parecer final da justiça. Ele
tem filmado e tirado fotos exatamente quando o problema está acontecendo, ou
seja, são fotos e vídeos reais que precisam ser analisados por técnicos que
possam acusar que o problema de fato existe independente dos resultados
técnicos da ADEMA. “É preciso que sejam técnicos sem desligados desses órgãos”,
disse o Marcos por entender que se precisa de fatos novos, mas ele aconselhou a
todos: “provas, vamos colher provas”. A
reunião não foi para pressionar ninguém, mas para ouvir o que os moradores
pretendem fazer mediante os problemas, e aí foi onde se levantou a ideia de se
fazer projetos sociais que venham acontecer no povoado visando beneficiar a
todos. Esse projeto será elaborado, discutidos com a comunidade e enviado as
empresas ou instituições que possam colaborar para execução na prática dos
mesmos, ou seja, falou-se que a Votorantim Cimentos em Laranjeiras mantem
energia gratuita somente para uma casa e “por que não para todo povoado”,
falou-se em reunião! “Se tem pessoas doentes, por que não a fábrica liberar um
meio de arcar com essas receitas médicas?” Essas ideias foram levantadas e
estão no Relatório do 1º Encontro de Moradores do Povoado Machado, produzido
pela a Associação nesse Encontro e assinado por todos.
“É
bombardeio de todo lado”, disseram os presentes acreditando que ninguém está
preocupado com a saúde dos moradores desse povoado. “Nem governo, nem fábrica nem
ninguém”. E por essa razão está inconformados de morarem em um lugar onde de um
lado a poluição, de outra a detonação e como se não bastasse, a rua toda
danificada, a escuridão toma conta, e a água não tem chegado a todas as casas.
Se começar a analisar por aí eles tem razão, pois as autoridades que neste caso
são a fábrica e o governo municipal que tem condições de resolver qualquer
situação, mas não resolvem. Eles querem que a Votorantim Cimentos em
Laranjeiras faça alguma coisa por eles através de medidas sociais porque lá têm
muitos pais de família desempregados, tendo uma vida desumana com todo esse
desmando de ambas as partes. As paredes de suas casas todas rachadas, o ar que
recebem, segundo eles “vem poluído”; a rua na escuridão, sem água e em fim,
qual autoridades aguentaria morar num lugar desses? Eles querem que a fábrica
indenize toda a área, ou mantenha algum tipo de benefício social, porque não
estão aguentando mais. Eles querem que o prefeito local possa assistir também o
povoado porque as ruas estão todas deterioradas.
Imagine
uma comunidade tendo uma grande indústria no seu quintal, tendo um prefeito e
ninguém fazendo nada por eles? É assim que os moradores do Povoado Machado
estão se sentindo.
Na
reunião pode se ter a presença até de pessoas já formadas em Engenharia
Florestal e cursando em engenharia civil, como foi o caso do jovem Tiago e outros, que deram opiniões bastante salutar
para que o problema pudesse ser investigado firmando parcerias com outros
setores sem que haja necessidade de ser a prefeitura ou a fábrica local.
O
Encontro também decidiu criar um grupo no zap denominado de “Poluição”, onde todos se cadastraram e
já colocaram vídeos e “provas” como dizem acreditando que “o foco é não
desistir”, palavra esta citada por eles a todo tempo da reunião. Nesse grupo
todos que se sentirem prejudicados serão incluso nele para aproveitamento das
provas e do que se tem pra provar quanto a qualquer problema para se ter um
povoado bem melhor e com qualidade de vidas para eles e a nova geração – que são
filhos dos seus filhos, como falou o ex-presidente da associação, o sr. Carlos.
Já Almir – que também já foi presidente da associação, ele que há mais de 14
anos abriu um processo contra a poluição produzida pela fábrica, citou na pedra
de coque – como um produto totalmente cancerígeno e esse produto é um dos fatos
que afeta a comunidade através da poluição.
O
comentário daria conta que os moradores não iriam para esse encontro por
estarem já saturados quando o assunto é Votorantim e Poluição. Eles cansaram de
ouvir o pessoal dessa fábrica falar bonito e enquanto isso o povo sofre, porque
acreditavam que esse encontro era com o pessoal da Cimesa, mas depois, sabendo
que não era, participaram do Encontro e fizeram a diferença. “O Carlos disse:
“esses encontros sempre foram com eles, que chegavam aqui, mostravam num telão
como era a produção do cimento e tudo ok, mas agora nessa reunião o bom é que
eles não estão presentes e nós (se referindo a comunidade), falamos a mesma
língua. Nós nos entendemos”, finalizou deixando claro que não se tratava de uma
reunião técnica, mas uma reunião de quem sente o problema na pele.
A
presidente Juciana conduziu todo Encontro que ficou certo perante todos, outra
reunião com advogados e sindicalistas e que manterão contados através do grupo.
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