A perseguição religiosa a
cristãos ao redor do mundo continua intensa, e segundo um levantamento
divulgado nesta semana, o número de fiéis mortos por seguires a Jesus Cristo
somou 90 mil ao longo de 2016.
Esse
número, assustador, em primeira análise pode parecer inferior ao de 2015,
quando 105 mil cristãos foram assassinados por causa de sua fé. Mas o estudo
que estima que houve uma morte de cristão a cada seis minutos em 2016 em
decorrência de perseguição religiosa não pôde computar os dados da China e
Índia, lugares onde há grande intolerância aos fiéis em Cristo.
A revelação do número
estarrecedor foi feita por Massimo Introvigne, diretor do Centro Studi sulle
Nuove Religioni (CESNUR – “Centro de Estudos sobre as Novas Religiões”, em
italiano), à Rádio Vaticano.
Aproximadamente
um terço das mortes de cristãos perseguidos em 2016 foram perpetradas por
extremistas de outras religiões, como o caso do Estado Islâmico, por exemplo.
De acordo com informações do portal Aleteia, houve tamém execuções resultante
de perseguição feita por governos.
Introvigne afirmou que
aproximadamente 70% dos cristãos mortos em 2016 viviam em áreas tribais da
África, e parte dessas mortes se deveu ao fato de os cristãos muitas vezes se
negarem a pegar em armas durante conflitos regionais.
O
Center for the Study of Global Christianity (“Centro de Estudos sobre o
Cristianismo no Mundo”, em inglês) é outra entidade que se dedica ao
monitoramento da perseguição religiosa contra cristãos, sempre produzindo
estudos com base nos martírios históricos e contemporâneos.
Dados
de uma pesquisa recente dessa entidade estimam que, entre 2005 e 2015, houve
900 mil cristãos assassinados ao redor do mundo por causa de sua fé. Segundo
este levantamento, devem ser levados em conta argumentos históricos,
sociológicos e teológicos na quantificação dos “crentes em Cristo que perderam
a vida prematuramente, em situações de testemunho, em decorrência direta de
hostilidade humana”.
Massimo
Introvigne, na entrevista à emissora da Igreja Católica, destacou que a falta
de informações confiáveis sobre os cristãos mortos na Índia e China torna o
levantamento impreciso, pois o número de casos nestes dois países poderia
evidenciar até um aumento em relação a 2015. Por lá, a Igreja Perseguida vive
sob clandestinidade, o que dificulta o conhecimento real dos fatos.
Fonte: Gospel mais
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