Marina Silva participou ontem, 26 de agosto, do debate promovido pela TV Bandeirantes sob os holofotes da pesquisa mais recente do Ibope que a apontava como segunda colocada na corrida pelo Planalto e provável vencedora do segundo turno das eleições.
Usando um tom firme, mas conciliador,
Marina elogiou os acertos dos governos dos ex-presidentes Fernando Henrique
Cardoso (PSDB) e Lula (PT), afirmando que é preciso manter as conquistas
sociais do povo brasileiro e corrigir os erros da gestão de Dilma Rousseff
(PT).
Marina propôs um embate direto com
Dilma, e perguntou à presidente o que havia dado errado em seu governo,
especialmente as propostas feitas após a onda de manifestações em junho de
2013. “Veja, nós acreditamos que tudo deu certo”, respondeu a candidata à
reeleição. Na tréplica, Marina afirmou que “o Brasil que a presidente Dilma
acaba de mostrar com colorido quase cinematográfico não existe”.
A postura de Dilma Rousseff no debate
se resumiu a exaltar os números de seu governo, sem propor novas ações e sem
responder de forma direta aos questionamentos feitos a ela sobre como
reverteria a falta de crescimento da economia brasileira.
Numa pergunta direcionada ao pastor
Everaldo, Dilma questionou como o candidato do PSC planejaria o crescimento da
oferta de energia elétrica necessária para que a economia brasileira tenha
fôlego nos próximos dez anos. Everaldo respondeu que usaria “energia limpa”, e
citou a capacidade hídrica brasileira como uma saída.
Ao final, o pastor ainda cutucou
Dilma dizendo que hoje não há planejamento, pois se constrói torres de energia
eólica mas não se faz torres de transmissão para levar a energia produzida, e
voltou a destacar sua proposta de um “Estado mínimo” para combater a corrupção.
Aécio Neves (PSDB) promoveu um embate
com Dilma e Marina, exaltando as conquistas dos governos do ex-presidente FHC.
Contra Dilma, o tucano afirmou que nos últimos anos a Petrobrás tem tido uma
“gestão temerária”, que levou a empresa a perder valor de mercado. Já contra
Marina, Aécio disse não entender o conceito de coerência que a ex-senadora usa,
pois ela não quis subir no palanque tucano em São Paulo para apoiar Geraldo
Alckmin, mas disse contar com o apoio de José Serra caso vença as eleições.
Pesquisa
A nova pesquisa encomendada ao Ibope
pela TV Globo e jornal O Estado de S. Paulo mostrou um cenário ainda mais
favorável a Marina Silva do que o levantamento realizado pelo Datafolha na
semana passada.
Marina se isolou em segundo lugar,
com 29% das intenções de voto, contra 34% de Dilma Rousseff e 19% de Aécio
Neves. Já o pastor Everaldo caiu de 3% para 1%, empatando com Luciana Genro
(PSOL).
Numa simulação de segundo turno,
Marina teria 45% das intenções de voto, contra 36% de Dilma. Se a disputa fosse
entre a atual presidente contra Aécio Neves, o tucano somaria 35%, contra 41%
da petista, que estaria reeleita.
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