AE - Após a morte de Eduardo Campos e a possível entrada de Marina Silva, a
disputa eleitoral muda. No segundo turno, Marina ganha de Dilma
O cenário da disputa eleitoral já tem novos números a partir da primeira
pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha e publicada, nesta segunda-feira –
24 horas após o sepultamento do corpo do ex-governador de Pernambuco e
candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos. O Datafolha ouviu,
entre os dias 14 e 15 de agosto, 2.843 eleitores em 176 municípios.
Se as eleições fossem hoje, de acordo com o Datafolha, a candidata do PT
à reeleição, Dilma Rousseff, ficaria em primeiro lugar com 36% das intenções de
votos, contra 21% de Marina Silva, do PSB, e 20% de Aécio Neves, do PSDB. Os
números mostram o inevitável cenário de segundo turno. Antes, com Eduardo
Campos, o PT trabalhava com a possibilidade de ganhar a disputa logo no
primeiro turno.
Os dados da pesquisa mostram, ainda, que Marina Silva começa a campanha
– se oficializado o seu nome como candidata a presidente da República, na
próxima quarta-feira, como segunda colocada e passa a atrair os votos não
apenas atribuídos a Eduardo Campos, mas, também, dos eleitores que estavam
indecisos ou dispostos a votarem em branco ou que iriam às urnas para anular o
voto. Isso se reflete no percentual do tucano Aécio Neves: Aécio vinha
oscilando entre 20% e 21% das intenções de votos e, com a entrada de Marina,
ficou com o mesmo percentual – 20%.
Outro fato que chama a atenção na pesquisa do Datafolha: a perspectiva
de segundo turno é real e, contra a candidata Dilma Roussef, a ex-senadora
Marina Silva aparece com 47% das intenções de votos. Dilma fica, segundo o
Datafolha, com 44%. É uma situação, segundo o Jornal Folha de São Paulo, edição
desta segunda-feira, de empate técnico nos limites máximos da margem de erro,
que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Contra Aécio, Dilma venceria o segundo turno por 47% a 39%. Nesse caso,
os oito pontos de diferença representam uma ampliação da vantagem da petista.
Em meados de julho, o cenário era de 44% a 40% (empate técnico).
A pesquisa revela que, com a entrada de Marina Silva, caíram de forma
notável os percentuais de eleitores sem candidato. Intenções de voto nulo ou em
branco eram 13%. Com Marina candidata, essa taxa recuou para 8%. Indecisos eram
14% e agora são 9%.
Vários analistas apresentaram Marina como possível herdeira de um grupo
crescente de eleitores descontentes com o sistema político. Nos protestos de
junho de 2013, um sentimento de rejeição aos partidos ficou explícito. Os dados
da atual pesquisa refletem essa interpretação.
Fonte: Negócio
Fechado
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