A
ocorrência de violência doméstica no meio cristão foi tema de um estudo que
constatou que, apesar da preocupação com o assunto, apenas 25% dos pastores
acreditam que ela exista entre os fiéis que lideram.
Apesar
de 72% dos pastores entrevistados pelo LifeWay Reserach entenderem que a
violência doméstica é um problema social, muitos deles fazem muito pouco para
conscientizar os homens sobre as consequências de agressões contra as mulheres.
O
estudo mostrou ainda que 42% dos pastores entrevistados reconheceram que
“raramente, ou nunca” abordam o tema em sermões ou palestras para a
congregação, mas como forma de remediar, os casos de violência doméstica que
são descobertos são tratados a nível pessoal. Outros 22% dos pastores dizem
abordar o assunto uma vez por ano junto aos membros, e apenas 34% dizem falar sobre
o tema com uma frequência menor, que pode variar de semanas a meses.
“Enfrentar
a questão em público é essencial”, afirma Justin Holcomb, um especialista neste
tipo de abuso, segundo informações do Protestante Digital.
O
especialista enfatiza que muitas vezes a vítima atribui a culpa a si pela
violência sofrida, e ouvir pregações sobre o tema poderia conscientizar ambas
as partes. “Alguns abusadores usam partes da Bíblia (como Malaquias 2:16, que
em algumas versões aplica-se ao divórcio) contra suas vítimas, fazendo-as
sentirem que não há como escapar. Líderes da congregação devem confrontar esse
manipulador da mensagem”, diz Holcomb.
Embora
a grande maioria dos pastores norte-americanos comece a procurar ajuda de
especialistas sobre o assunto de fora da igreja, 62% também disseram que em
casos de violência têm oferecido mais “aconselhamento para o casal”
“Defensores de vítimas de
agressões domiciliares alertam que isso pode ser uma prática perigosa. A sessão
de aconselhamento pastoral com agressor e vítima, por mais bem intencionada que
seja, pode levar a mais violência, quando eles chegam em casa”, alertou
Holcomb.
“Os
pastores podem fazer mais”, diz o pastor Ed Stetzer, presidente da LifeWay
Research. “Quando dois terços dos pastores falam do problema da violência
doméstica com sua igreja apenas uma vez por ano, ou até menos, é visível que
temos uma desconexão séria da realidade da vida. Os pastores não podem se dar
ao luxo de ignorar ou minimizar a seriedade do assunto , quando vidas estão
sendo arruinadas pela violência sexual ou doméstica ali mesmo no seu bairro e
na sua igreja. A igreja precisa ser parte da solução”, conclui Stetzer.
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