Quase 250 mil usuários de
computadores podem ficar sem acesso à internet no mundo todo na segunda-feira
por causa de um software malicioso usado num golpe que as autoridades dos
Estados Unidos disseram ter desbaratado em novembro.
Alguns blogs e reportagens deram grande
ênfase ao risco de um "apagão" na internet. Mas especialistas dizem
que apenas uma pequena fração dos computadores está sob risco, e que os
provedores de acesso estarão atentos para restaurar rapidamente o serviço em
caso de problemas.
Segundo eles, a ameaça é pequena em
comparação a outros vírus mais difundidos, como o Zeus e o SpyEye, que infectam
milhões de PCs e são usados para fraudes financeiras.
Nesta semana, cerca de 245 mil
computadores no mundo todo continuavam infectados pelo "Alureon" e
seus "parentes", segundo a firma de segurança Deteque. Isso inclui
45.355 computadores nos Estados Unidos.
Os vírus são programados para
redirecionar o tráfego de internet para servidores DNS controlados por
criminosos, segundo o FBI. Servidores DNS são ferramentas que distribuem o
tráfego da internet.
Quando as autoridades derrubaram os
servidores "bandidos", um juiz federal de Nova York determinou que os
servidores temporários fossem mantidos enquanto as máquinas das vítimas eram
consertadas.
Os servidores temporários serão
desativados à 0h01 de segunda-feira (1h01 em Brasília), o que significa que
computadores que não tenham sido consertados até lá não poderão mais acessar a
internet.
Alguns provedores dos Estados Unidos,
como AT&T e Time Warner Cable, adotaram soluções temporárias para que seus
clientes possam acessar a internet usando o endereço dos servidores DNS dos
criminosos.
Informações sobre como identificar e
limpar infecções podem ser encontradas em um site criado por um grupo de
empresas de segurança e outros especialistas: http://www.dcwg.org.
"É muito fácil de
consertar", disse Gunter Ollmann, vice-presidente de pesquisas da firma de
segurança Damballa. "Há muitas ferramentas disponíveis."
Muitas das máquinas que continuam
infectadas provavelmente estão inativas, já que a maioria das vítimas foi
notificada do problema, disse o especialista em segurança Johannes Ullrich, que
mantém o chamado Centro de Tempestades da Internet, que monitora ameaças na
web.
Os Estados Unidos abriram processo
contra sete pessoas por orquestrarem a fraude mundial na internet. Seis delas
foram presas na Estônia, e a sétima, que vivia na Rússia, continua foragida. O
governo estoniano já extraditou dois dos homens para Nova York, onde
compareceram à corte federal de Manhattan.
Fonte: Folha Online, de 05/07/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário