Repercutiu na imprensa estadual e municipal a matéria exclusiva
da Gazeta do Cotinguiba dando conta de que a pré-candidata a prefeita de Laranjeiras,
Marta Hagenbeck/PDT, e o seu esposo e ex-prefeito Paulinho da Varzinhas/PDT,
estão sendo denunciados e acionados pelo Ministério Público Estadual por
supostos atos de improbidade administrativa no ano de 2004 quando ambos faziam parte
do Poder Executivo, ela na condição de secretária de ação social e ele na
condição de prefeito.
Na imprensa estadual, vários veículos de comunicação como, sites
de notícias, jornais impressos e emissoras de rádio, reproduziram a matéria ou
colocaram tópicos a respeito do processo que foi instaurado desde o ano de 2006
e se baseia na denuncia do promotor de justiça Walter Cesar
Nunes, da Comarca de Laranjeiras, apontando que, naquele ano
(2004), os acionados (Marta da Varzinhas e Paulinho da Varzinhas) teriam
autorizado o pagamento de serviços de confecção de indumentárias para grupos
folclóricos e fardamentos para os vigilantes sem que tais serviços tivessem
sido prestados. Teve ainda pagamentos de benefícios (ajuda de custo) a pessoas
não carentes, atos, estes, classificados pelo autor das denúncias como sendo de
evidente prejuízo aos cofres públicos e violação da legislação vigente.
Mais um processo
No último dia 11 de maio o Promotor de Justiça Walter Cesar
Nunes pediu ao Juiz de Direito da Comarca de Laranjeiras deferimento da
sentença de um outro processo, também de improbidade administrativa, tendo como
réus, mais uma vez, a senhora Marta da Varzinhas e o Senhor Paulinho da Varzinhas,
agora acusados de terem contratado serviços de transportes sem abertura de licitação,
o que é proibido. O processo é o de nº 200973000046 e pode ser analisado por
quem desejar na pagina do TJ-SE na internet.
Essas ações judiciais impetradas pela Promotoria Pública certamente
têm prejudicado o andamento da pré-campanha eleitoral de Marta da Varzinhas.
Lei Ficha Lima
Como é sabido, o Brasil passa por um momento histórico em que a
sociedade exige a prática da Lei Ficha Limpa que tem contribuído sobremaneira para
que participem das eleições, apenas políticos com vida pública, e privada,
limpas, sem envolvimento em escândalos de corrupção, improbidade administrativa
e sem processos que venham arranhar a sua imagem diante do povo, o que não
significa dizermos aqui que Marta da Varzinhas está enquadrada nesse caso, uma vez
que, ela ainda não foi julgada culpada, muito menos por um colegiado de
magistrados, situações exigidas para que um candidato seja enquadrado na ficha
limpa. Porém, é bastante desconfortável a sua pré-candidatura diante do fato de
estar sendo processada e investigada por supostos atos de improbidade administrativa,
e se condenada, terá uma ficha suja.
Se estivéssemos em um outro País a pré-candidatura de Marta da
Varzinhas certamente já teria caído fora da disputa pré-eleitoral, uma atitude
que deveria partir dos seus próprios partidários, isso porque um político está
respondendo a processos judiciais dessa natureza num momento antecedente a uma
campanha eleitoral, é vergonhoso, é por demais prejudicial à sua campanha, é
incômodo para seus seguidores, sem falar que dará motivos, e de sobra, para que
seus opositores explorem a ação judicial, resultando numa ascendente queda de popularidade
da candidata, o que aliás já tem acontecido.
Situação do grupo Varzinhas é complicada
A prova da queda de popularidade da pré-candidata Marta da Varzinhas
pode ser notada na cidade através de comentários de populares reprovando essa
situação judicial em que está metida. Também não é difícil encontrarmos
correligionários de Marta da Varzinhas concordando que a sua précandidatura a
prefeita sofreu um duro golpe com esses processos do Promotor Walter Cesar
Nunes, que pede nas ações a condenação dela, do exprefeito Paulinho da Varzinhas
e de outros tantos réus, inclusive de quem jura nunca ter prestado serviço a
prefeitura, muito menos ter recebido pagamento por isso, embora o seu nome esteja
arrolado nos autos. Para se ter uma ideia de como anda essa questão judicial,
tem pessoas que só souberam que estão com o nome envolvido no processo após ter
recebido a intimação para comparecer ao Fórum e dar a sua versão dos fatos. “Só
direi na justiça que não tenho nada haver com esse processo, não recebi
dinheiro porque não prestei o serviço. Quem tem que explicar esses pagamentos, e
onde foi parar o dinheiro, é o ex prefeito Paulinho da Varzinhas e a sua esposa
Marta da Varzinhas”, disse uma ré do processo nº 200673020729 em que a
pré-candidata Marta da Varzinhas, é acusada de improbidade administrativa junto
com seu esposo.
O que a sociedade espera é que as denúncias, por serem
extremamente graves, sejam devidamente apuradas e responsabilizadas. Mas até
lá, todos são inocentes até que se prove o contrário.
Transcrito do Jornal Gazeta
do Cotinguiba – Edição 121 – Maio de 2012, pág 01.
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