O Senado
aprovou nesta quarta-feira a criação da Funpresp (Fundação de Previdência
Complementar do Servidor Público Federal), encerrando uma discussão de 12 anos
no Congresso.
O Senado não modificou o projeto que veio da Câmara. Com isso, ele vai agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
O fundo, uma tentativa do governo de reduzir o déficit da Previdência, muda o regime de contribuição para quem se tornar servidor federal após a sanção da lei.
O Senado não modificou o projeto que veio da Câmara. Com isso, ele vai agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
O fundo, uma tentativa do governo de reduzir o déficit da Previdência, muda o regime de contribuição para quem se tornar servidor federal após a sanção da lei.
Eles passarão a ganhar no máximo o teto pago
pelo INSS pelo desconto de 11% do salário - atualmente fixado em R$ 3.916,20.
Quem quiser um benefício maior terá que pagar uma contribuição à parte, que irá
para fundos complementares. O governo também contribuirá para estes fundos,
empatando o índice aplicado pelo funcionário, até o limite de 8,5%.
Pelo texto, fica autorizada a criação de três
fundos de pensão, um para cada Poder - Executivo, Legislativo e Judiciário. A
Funpresp deve se tornar a maior entidade fechada de previdência complementar
presente no mercado brasileiro.
A criação dos fundos era uma prioridade para
o governo --que mobilizou seus aliados para aprová-lo rapidamente no Senado.
O texto passou, durante a manhã, em duas
comissões antes de ser aprovado do plenário da Casa.
Para acelerar a tramitação no Senado, o
relator José Pimentel (PT-CE) rejeitou todas as emendas apresentadas para mudar
o seu conteúdo. Ele aceitou apenas uma mudança de redação determinando que a
criação do fundo de pensão do Judiciário será de prerrogativa do STF (Supremo
Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Aprovado em votação simbólica pelos
senadores, a criação da Funpresp teve o apoio inclusive da oposição. "Meu
partido vê com bons olhos como forma de aliviar as contas públicas do
país", disse o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).
Apesar do apoio da maioria, um grupo de
senadores fez um alerta sobre o possível uso político na gestão dos fundos
--uma vez que, no texto aprovado, há a possibilidade de a gestão dos recursos
ser feita por pessoas indicadas pelo governo para garantir sua aprovação na
Câmara.
Na proposta original, a administração dos
ativos era repassada, obrigatoriamente, a uma instituição financeira.
"O governo do PT partidarizou a gestão
do fundo, vai fazer uso político. É a lógica do PT de distribuir para a sua
`companheirada′", afirmou Aécio Neves (PSDB-MG).
Garibaldi Alves, ministro da Previdência, que
foi ao Senado acompanhar a votação, negou que a Funpresp será alvo de
manipulação política. Segundo ele, o governo vai fortalecer a Previ, fundo de
pensão do Banco do Brasil, para garantir a sua fiscalização.
"Temos uma fiscalização dos fundos
através da superintendência da Previ que nos dá segurança. O fundo não vai ser
alvo de cobiça."
Fonte: Folha
Online
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