27 março 2012

Longe do poder e com o bolso cheio, Teixeira acompanha velha politicagem na Fifa


Apesar da careta, Ricardo Teixeira tem pensão garantidaA cartolagem que controla o destino do futebol mundial vive em um universo paralelo, cercado de privilégios que não estão ao alcance de pobres mortais. Essa é a conclusão que eu chego ao me deparar, (logo após mais um fim de semana sangrento no futebol paulista) com a notícia que para um membro do Comitê-Executivo basta trabalhar oito anos para ter direito à pensão. Polpuda, por sinal.

O mais recente beneficiado é o ex-presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local), Ricardo Teixeira. A reportagem é assinada por Rodrigo Mattos, da Folha de S. Paulo desta segunda-feira (26). Graças aos 'serviços' prestados ao futebol brasileiro e mundial, Teixeira terá direito à pensão anual até o ano de 2030, já que esteve na entidade de 1994 a 2012.
Nem todas as denúncias envolvendo o dirigente brasileiro tiram o seu direito de receber o benefício que aparentemente é generoso, já que a Fifa tem um fundo de $ 16,8 milhões (R$ 30 milhões) para essa finalidade.
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Outro ex-integrante do Comitê-Executivo da Fifa, Mohamed bin Hammam, que abriu mão do dinheiro, declarou que teria direito a receber R$ 511 mil em 2010. Jack Warner (que também se afastou por denúncias de corrupção) receberia R$ 66 mil anuais. Teixeira tem menos tempo de casa, portanto, deve receber um pouco menos. Entretanto, é uma bela fonte de renda. Ou não?

Uma Copa América por um cargo na Fifa
Outro dado interessante é que os dirigentes são 'novos', mas as práticas seguem as mesmas. Essa é a impressão que se dá a negociação que levou o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero ao Comitê-Executivo da Fifa e tirou a Copa América de 2015 do Brasil.
O novo presidente da CBF, José Maria Marin abriu mão do torneio para ter apoio do Chile e garantir ao seu camarada Marco Polo Del Nero o posto na entidade que regula o futebol em todo o mundo no lugar de Teixeira.
Agora, o novo mandatário da CBF deve arranjar algum modo de compensar as cidades de Goiânia (GO) e Belém (PA) que seriam sedes da Copa América pela perda. Segundo o cartola, sua decisão foi meramente para que o futebol brasileiro não ficasse enfraquecido mundialmente, já que corria o risco de perder a cadeira. (Esportes Yahoo)

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