Um parente plebeu do elegante lírio, o humilde alho provou ser um bom amigo do povo. Confere sabor ao alimento e diz-se que deu forca aos construtores das pirâmides e às legiões romanas.
Quaisquer que sejam os seus pretensos poderes mágicos (na Idade Média, acreditava-se que era capaz de manter afastados os vampiros), os usos medicinais do alho estão bem documentados. Sempre foi um remédio popular para resfriados, dor de garganta e tosse — quer seja comido cru, sob a forma de xarope, cápsulas ou chás. Os médicos e her-bolários prescreviam-no para distúrbios intestinais, reumatismo e também como diurético. Quando as epidemias devastavam a Europa, as pessoas comiam alho diariamente, como proteção contra as doenças. Alguns acreditam que a planta pode ter funcionado como um preventivo simplesmente porque, devido ao seu forte cheiro, mantinha as outras pessoas a uma distância segura.
O alho é um remédio popular e tradicional no Brasil, usado principalmente para tratar resfriados e problemas respiratórios, e também para eliminar vermes e normalizar a pressão arterial. O chá de alho é às vezes misturado com mel, o que disfarça seu sabor desagradável. Amassado e macerado em água, é empregado como diurético.
HABITAT: Margens de estradas, pastagens, florestas pouco densas. Nativo da Ásia, o alho é hoje cultivado em todo o mundo. Pode ser cultivado em jardins, mas necessita de um clima quente e ensolarado.
IDENTIFICAÇÃO: Até 60 cm de altura. Perene, bulbo composto de pequenos dentes (bulbilhos), envolto em túnicas esbranquiçadas; folhas pontudas, longas, achatadas, amareladas (quando maduro); flores pequenas, em cachos, de cor rosada ou brancas. Sabor amargo, intenso e persistente; odor característico.
USOS & PROPRIEDADES: Durante séculos, o alho foi utilizado não apenas como uma erva culinária mas também como um remédio para resfriados e outras infecções respiratórias. Hoje, os fitoterapeutas também utilizam-no para aliviar as dores de gases e para livrar o organismo de vermes intestinais. Em 1858, Louis Pasteur verificou as propriedades anti-sépticas do alho, que também é um antiespasmódico comprovado. Uma pesquisa posterior indica que ele pode ser eficiente na redução dos níveis de colesterol.
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