Paralisação começou às 0h desta sexta-feira e foi decidida em ato na Cinelândia, no Centro do Rio
Rio - Os bombeiros, policiais civis e militares entraram em greve geral na noite desta quinta-feira. A decisão foi tomada durante assembleia na Cinelândia, no Centro do Rio. Segundo o comando do movimento, a greve é por tempo indeterminado. Cerca de três mil pessoas participaram do ato.
Os líderes do movimento garantiam que haveria greve caso algum item da sua pauta de reinvindicações não fosse atendido pelo governo. Eles pedem a libertação do cabo Benevenuto Daciolo, preso no fim da noite de quarta-feira, auxílio-transporte e alimentação de R$ 350, piso salarial de R$ 3.500 e jornada de 40 horas semanais.
Policiais ficarão nos quartéis
Os policiais militares, inclusive os de folga e férias, prometeram ficar, a partir de hoje, nos quartéis e só atender emergências, com no máximo 30% do efetivo. Presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil, Fernando Bandeira, orientou a população a ficar em casa.
Rio - Os bombeiros, policiais civis e militares entraram em greve geral na noite desta quinta-feira. A decisão foi tomada durante assembleia na Cinelândia, no Centro do Rio. Segundo o comando do movimento, a greve é por tempo indeterminado. Cerca de três mil pessoas participaram do ato.
Os líderes do movimento garantiam que haveria greve caso algum item da sua pauta de reinvindicações não fosse atendido pelo governo. Eles pedem a libertação do cabo Benevenuto Daciolo, preso no fim da noite de quarta-feira, auxílio-transporte e alimentação de R$ 350, piso salarial de R$ 3.500 e jornada de 40 horas semanais.
Policiais ficarão nos quartéis
Os policiais militares, inclusive os de folga e férias, prometeram ficar, a partir de hoje, nos quartéis e só atender emergências, com no máximo 30% do efetivo. Presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil, Fernando Bandeira, orientou a população a ficar em casa.
Na Civil, somente a Divisão de Homicídios funcionará 100%. As demais unidades vão atender apenas casos emergenciais, como liberação de guias para remoção de cadáver e flagrantes de roubo.
“Enquanto o governo não negociar um plano de cargos e salários, vamos continuar de braços cruzados”, prometeu o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Carlos Gadelha.
No caso dos policiais militares, a estratégia é irem todos para as unidades para evitar prisões de parte do efetivo. Em junho do ano passado, 437 bombeiros e dois PMs foram detidos após invasão ao Quartel-General dos Bombeiros, na Praça da República, no Centro.
“Se prender um, vão ter que prender todo mundo”, discursou, durante a decretação do movimento, o cabo PM Wellington Machado, do 22º BPM (Maré), um dos líderes grevistas.
Tropas federais a qualquer momento, diz Beltrame
Tropas do Exército, em caso de greve, podem ser acionadas a qualquer momento para garantir a segurança de moradores e turistas que visitam o Rio, de acordo com o secretário de Segurança José Mariano Beltrame. Nesta quinta-feira, em Brasília, ele disse que o plano está pronto desde os Jogos Pan-Americanos de 2007. “Temos um protocolo de ações construído desde aquele ano, e o foco é o interesse público e manutenção da paz”, ressaltou.
Autoridades da Segurança se reuniram nesta quarta-feira com a cúpula do Comando Militar do Leste para ajustar detalhes do possível pedido de auxílio às tropas federais. Mais cedo, Beltrame disse que acreditava num acordo com os profissionais da Segurança, apelando para o ‘bom senso’ dos servidores.
Aumento aprovado na Alerj
A Assembleia Legislativa do Rio aprovou nesta quinta-feira, por 60 votos a um (duas abstenções e sete faltosos), o projeto de lei que concede 38,81% de aumento aos 122.640 servidores da Segurança Pública, que será quitado em fevereiro de 2013.
O governador Sérgio Cabral voltou a afirmar, na tarde desta quinta-feira, que descartava qualquer possibilidade de greve. Ele citou que o reajuste concedido à categoria representa impacto de R$ 1,8 bilhão nos cofres públicos e disse que confia nas instituições.
“Os profissionais da segurança sabem que esse não é o melhor método e reconhecem que estamos fazendo e que há ainda muito a ser feito. Se todos os meus antecessores tivessem feito o mesmo, o padrão salarial dos militares seria um dos melhores. Mas não fizeram nada antes de mim”, afirmou o governador.
Bombeiro está preso em Bangu 1
A juíza Ana Paula Figueiredo, da Auditoria de Justiça Militar, decretou ontem a prisão preventiva do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo. O pedido foi do corregedor da corporação, Edson Senra. Na decisão, a magistrada argumentou que o militar viajou, sem autorização, à Bahia e foi flagrado em escutas telefônicas com os grevistas da PM baiana.
Em um dos trechos, Daciolo ressalta que não teria Carnaval na Bahia, nem no Rio. Para a juíza, a prisão é necessária para garantir a ordem pública e a disciplina militar. O cabo é acusado de crime de incitamento à prática de outros crimes militares.
Antes da ordem judicial, o bombeiro, um dos líderes do grupo, foi preso — até então administrativamente por 72 horas — ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na noite de quarta-feira. Ele está na unidade de segurança máxima Bangu 1. “Trata-se de mais uma arbitrariedade”, desabafou ele a O DIA após ser detido.
O cabo explicou que voltava de Salvador, Bahia, onde participou das negociações sobre a greve. “Por questão de ordem pública, ele foi para Bangu 1”, disse o secretário estadual de Defesa Civil, Sérgio Simões. Ano passado, Daciolo participou da invasão ao QG da corporação.
Fonte: O Dia Online/SOSConsumidor
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