A justiça canadense condenou na quinta-feira à prisão perpétua o coronel Russel Williams, ex-comandante da maior base aérea do país, pelas mortes de duas mulheres e agressões sexuais. O militar, 47 anos, foi considerado culpado de mais de 80 acusações, entre elas mortes com premeditação. Seu julgamento, iniciado na segunda feira, foi marcado por revelações sórdidas, em particular da violência cometida contra a militar Marie-France Comeau e contra Jessica Llyod, atos estes que foram filmados por ele. O coronel Russell Williams, que pilotou uma vez o avião que levava o primeiro-ministro do Canadá e também outras personalidades, como a família real britânica durante uma visita ao país, acatou as acusações do tribunal de Belleville, Ontario, sem demonstrar nenhuma emoção. Williams, 47 anos, comandava a base aérea mais importante do exército canadense, a de Trenton, em Ontário, 175 km a leste de Toronto. O coronel foi preso em fevereiro pelo desaparecimento e morte de Jessica Lloyd, de 27 anos, no final de janeiro em Ontário. O coronel aceitou as acusa acusações de ter entrado sem permissão nas casas de outras duas mulheres, das quais abusou sexualmente...
Williams tentou se suicidar na prisão em abril, iniciando logo depois uma greve de fome. Antes de ser nomeado chefe do esquadrão 437 de Trenton, há dois anos, o coronel Williams havia sido comandante de uma base canadense secreta no Oriente Médio utilizada para operações no Afeganistão. (Diário de Notícias 4793)
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