22 fevereiro 2010

Eleitores preferem Serra para Presidente do Brasil
Governador de SP pode vencer no 1º turno se PSB não apresentar candidato

Brasília (18) - Pesquisa Ibope, realizada entre 6 e 9 de fevereiro, reforça a tendência revelada em levantamentos anteriores e mostra que o governador José Serra (SP) continua como o preferido dos eleitores brasileiros nas eleições deste ano.
Neste levantamento, encomendado pela Associação Comercial de São Paulo, Serra é o preferido de 36% dos entrevistados, enquanto 25% optam por Dilma Rousseff, candidata oficial do governo petista. Em terceiro lugar está Ciro Gomes (PSB) com 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV), 8%.
A pesquisa mostra que, mesmo sem campanha, mesmo respeitando a Lei eleitoral, mesmo sem comícios por todo o Brasil, o governador de São Paulo abre 11 pontos percentuais no 1º turno, diferença que sobe para 13% quando Ciro Gomes segue a tendência de sair da disputa. Nesse caso, o nome do PSDB venceria a eleição já no primeiro turno, por 41 a 28% dos votos válidos.
O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida, avalia que o resultado não traz nenhuma novidade. "Essa é mais uma pesquisa que comprova o que todos nós estamos cansados de saber: Serra é o favorito", afirma.
Segundo o deputado, os resultados "jogam um balde de água fria" na candidatura oficial, em franca campanha, além de desmistificar a tentativa de passar para os eleitores que os dois estariam empatados tecnicamente.
No eleitorado feminino, a candidata também não consegue decolar. Mesmo sem o candidato do PSB na disputa, a candidata oficial tem apenas 24% de votos entre as mulheres, enquanto Serra tem 41% .
Para a senadora Marisa Serrano (MS), a pesquisa desmente uma tese, infundada, do PT, de que as mulheres teriam dificuldades em votar no PSDB. "Os números revelam a preferência do eleitorado feminino por Serra. Isso é questão de competência, não de machismo. As mulheres sabem que Serra é o mais preparado", afirma. "A pesquisa é boa, pois mesmo sem fazer campanha, Serra continua liderando. Vai ser uma boa disputa, se a justiça garantir igualdade de direitos".
O Ibope mostra outros números relevantes, como, por exemplo, que 64% dos brasileiros querem mudanças. Ainda segundo o Ibope, Serra é o mais conhecido do eleitor, 75% disseram conhecê-lo. E, apesar dessa alta popularidade, o governador ainda apresenta potencial de crescimento: 53% dos entrevistados afirmam que com certeza votariam nele para presidente ou que poderiam votar. Além disso, Serra tem a seu favor o menor índice de rejeição: 29%.
"As pesquisas são claras, não mentem. Serra é o único candidato preparado", afirma o deputado Antonio Pannunzio (SP),lembrando a superexposição que o governo promove à sua candidata e o fato do governador paulista sequer ter anunciado a candidatura. "O resultado prova que o nome de Serra é o único consolidado", diz Pannunzio (SP).
Para a realização da pesquisa, o Ibope ouviu 2.002 eleitores em 144 municípios em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Dilma cresce. Serra é duro na queda

Para explicar resultados diferentes, os donos de institutos repetem o ensinamento consagrado de que pesquisas de intenção de voto não podem ser comparadas - salvo se elas tiverem sido aplicadas por um mesmo instituto.
Assim, uma pesquisa Ibope só pode ser comprada com outra pesquisa Ibope. Uma pesquisa Datafolha com outra pesquisa Datafolha - e por aí vai.
Faz sentido a justificativa oferecida para isso. Cada instituto tem sua própria metodologia.
O Ibope, por exemplo, entrevista os eleitores em suas casas. O Datafolha prefere entrevistá-los nas ruas.
O tamanho das amostras varia de instituto para instituto. Quanto maior o número de entrevistados, menor a margem de erro.
Por oportunismo políticoe com o objetivo de engabelar os eleitores, as facções em luta pela cadeira de Lula deram para comparar o que não poderia ser comparado.
Resgato resultados recentes de pesquisas. Em seguida farei algumas observações.
Ibope (6 a 9 de fevereiro em curso)
Primeiro turno
Serra 36
Dilma 25
Ciro 11
Marina 8
Datafolha (14/18 de dezembro último)
Serra 37
Dilma 23
Ciro 13
Marina 8
Vox Populi (14/17 de janeiro último)
Serra 34
Dilma 27
Ciro 11
Marina 6
Sensus (25/29 de janeiro último)
Serra 33,2
Dilma 27,8
Ciro 11,9
Marina 6,8

1. Observação - Os números apurados pelo Datafolha em dezembro e pelo Ibope em fevereiro são praticamente os mesmos (Serra, 37 e 36; Dilma 23, 25; Ciro, 13 e 11; Marina, 8 e 8).
2. Observação - Os menores índices de Serra foram apontados em janeiro pela Vox Populi e a Sensus (34 e 33,2), assim como os maiores índices de Dilma (27 e 27,8).
3. Observação - Se fosse o caso de mandar às favas a regra de não comparar pesquisas aplicadas por institutos diferentes, poder-se-ia então dizer que Serra subiu e Dilma caiu na mais recente pesquisa Ibope, levados em conta os resultados obtidos pelos dois nas pesquisas de janeiro da Vox e da Sensus.
4. Observação - Respeitada a regra de só comparar pesquisas aplicadas por um mesmo instituto, Dilma passou no Ibope de 17 para 25 entre dezembro e fevereiro; e Serra de 38 para 36. Ela cresceu muito além da margem de erro da pesquisa. Serra caiu dentro da margem de erro.
Examinemos os resultados da simulação de segundo turno entre Serra e Dilma.
Ibope (6 a 9 de fevereiro em curso)
Serra 47
Dilma 33
Datafolha (14/18 de dezembro último)
Serra 49
Dilma 34
Sensus (25/29 de janeiro último)
Serra 44
Dilma 37,1
PS: a Vox Populi não divulgou simulação de segundo turno.
1. Observação - O Ibope mais recente (fevereiro) repete com pequenas diferenças os números do Datafolha de dezembro. Dilma sobe 1 ponto, Serra cai 2.
2. Observação - A comparar os resultados do Ibope com os da Sensus, Serra teria subido e Dilma caído.
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Os partidários da candidatura de Dilma chegaram a celebrar um "empate técnico" entre ela e Serra quando a Sensus divulgou sua pesquisa de janeiro.
Nela, Serra aparecia no primeiro turno com 33,2 contra 27,8 de Dilma. Como a margem de erro era de 3 pontos para mais ou para menos, Serra poderia estar com 30,2 e Dilma, 30,8.
A mais recente pesquisa Ibope põe Serra no primeiro turno com 11 pontos na frente de Dilma (36 a 25). A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos.
Se quiserem, os partidários de Serra poderão dizer que ele talvez tenha 38 contra 23 de Dilma.
De tudo isso extraio duas conclusões que me parecem irrefutáveis:
a) Dilma está crescendo de forma consistente - o que não deveria espantar ninguém. Ela ainda não atingiu o tradicional patamar de votos do PT - algo em torno de 30%. Mas isso é só uma questão de tempo. A pergunta cuja resposta vale 1 bilhão de dólares é: que percentual de votos Lula transferirá para Dilma?
b) Serra está se revelando mais duro na queda do que imaginavam e gostariam seus adversários. E olha que ainda não se apresentou como candidato, não desfruta do mesmo índice de exposição de Dilma, e não tem ao seu lado um cabo eleitoral como Lula.
Fonte: O Globo – no Blog do Noblat

Ibope: Serra 36% x 25% Dilma; Sem Ciro, tucano vai a 41%, e petista fica com 28%; no segundo turno: ele, 47%; ela, 33%

Da Agência Estado. Comento num post da madrugada:

Pesquisa Ibope/Diário do Comércio, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo e realizada entre os dias 6 a 9 deste mês, indica que a corrida à sucessão presidencial de outubro continua polarizada pelos pré-candidatos do PSDB e do PT, respectivamente o governador de São Paulo, José Serra, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Nessa mostra, Serra tem 36% das intenções de voto e Dilma 25%.
Em terceiro lugar está o deputado federal Ciro Gomes (PSB) com 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV) com 8%. O porcentual de votos brancos e nulos somou 11% e dos que disseram não saber em quem vota atingiu 9%.
A última pesquisa divulgada pelo Ibope foi no dia 7 de dezembro do ano passado. Na mostra, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Serra registrava 38% das intenções de voto, seguido de Dilma Rousseff com 17%, Ciro Gomes com 13% e Marina Silva com 6%. Naquela pesquisa, o porcentual de votos brancos e nulos atingiu 13% e dos que disseram não saber em quem votar ou não quiseram responder somou 12%.
No cenário sem Ciro Gomes, a pesquisa Ibope/Diário do Comércio aponta José Serra com 41%, Dilma Rousseff com 28%, Marina Silva com 10%, brancos e nulos 12% e não sabem ou não opinaram 9%.
Na simulação de um eventual segundo turno entre José Serra e Dilma Rousseff, o tucano lidera com 47% e Dilma registra 33%.
A maior rejeição apontada pela pesquisa é de Ciro Gomes, com 41%, seguido de Marina Silva com 39%, Dilma Rousseff com 35% e José Serra com 29%.
Continuidade
A pesquisa Ibope/Diário do Comércio avaliou também o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para 47% dos entrevistados, a administração de Lula é boa, para 29% é ótima, para 19% é regular, para 3% é péssima e para 2% é ruim.
A mostra indagou ainda o que os eleitores gostariam que o próximo presidente fizesse. Do total de entrevistados, 34% querem a total continuidade do atual governo, 29% querem pequenas mudanças com continuidade, 25% querem a manutenção de apenas alguns programas com muitas mudanças e 10% querem a mudança total do governo do País. Para 78% dos entrevistados, o presidente Lula é confiável, enquanto 18% disseram não confiar no presidente.
A pesquisa, que será divulgada amanhã pelo Diário do Comércio, foi realizada com 2.002 eleitores em 144 municípios de todo o Brasil. O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Esta pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral, sob o protocolo nº 3196/2010.
Fonte: Veja.com – no blog Reginaldo Azevedo

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