03 janeiro 2014

Jornalista Ariosvaldo Sizino Franco foi sepultado na tarde de ontem, dia 02/01/14, diante de pessoas amigas e simpatizantes


Ari como era mais conhecido, faleceu na manhã do dia 02/01, e foi sepultado as 17:30 diante de várias pessoas amigas e simpatizantes. Antes mesmo de sair da sua casa, o advogado e membro da Academia Sergipana de Imprensa, Carlos Alberto Garcia Leite, levou uma palavra de incentivo e de conforto para a família levando o nome do jornalista como Capitão do Exercito, autorizado pelo comando do 28º Batalhão de Caçadores de Sergipe. 
Em suas palavras, fez uma pequena biografia do jornalista quando assim militou com ele há muitos anos desde quando militares no Rio de Janeiro e que fazia parte do seu jornal O LIBERAL há mais de 16 anos. No momento em que saudava colocou a bandeira do Brasil sob o caixão perante a família e, principalmente sua mãe dona Valdete. 
O vereador José Carlos Sizino Franco, também seu irmão, consentiu e puderam compartilhar esse momento difícil para todos.
 
O cortejo saiu da casa da mãe do jornalista as 17 horas com destino ao cemitério da Misericórdia em Laranjeiras e foi acompanhado por políticos, jornalista, amigos, simpatizantes e curiosos.
Ariosvaldo Sizino Franco foi o fundado do jornal ‘O Liberal”, foi presidente do PSDB, e foi tenente da reserva do Exercito proclamado Capital no sepultamento. Foi ainda membro da Academia Sergipana de Imprensa (ASI) onde ofereceu vários eventos de homenagens a pessoas destaques em Laranjeiras.
Várias homenagens surgiram nas redes sociais após seu falecimento. São pessoas que tiveram a oportunidade de estarem ao seu lado e surpreendidos deixaram seus préstimos de alguma forma expressando seus sentimentos a respeito do assunto a exemplo de Ariane Franco, que queixou uma Carta Aberta em seu face: ‘arianessfranco’. Ela expressa sentimentos de dor e amor que mesmo distante pode sentir por ele. A Carta foi publicada na página da Internet do Folha da Cidade News (online), para quem desejar ver.
Na íntegra, a Carta abaixo:
Oi pai, tudo bem? Não sei direito em que lugar você está, porque não sei ao certo para onde vão as pessoas que morrem. Antes, há muitos anos, era católica. Fui batizada, fiz primeira comunhão, mas nunca fui fã de igreja. Normalmente, entro em igrejas nos casamentos, missas e batizados. Eu sei, sei que todo mundo tem que acreditar em alguma coisa. E acredito! Depois de algum tempo, comecei a ler sobre o espiritismo (quando o vô Afonso se foi). Gostei, me interessei, e virei espírita. Tomei alguns passes, ouvi palestras, foi bom, me fez bem. Estudei sobre, aprendi
... Acredito, pai, que a gente precisa ter fé. E eu tenho, muita. Tenho fé nas boas energias, nas pessoas do bem, nas coisas que a gente faz com paixão, se doando, com o coração.
Sempre achei que a morte fosse uma coisa assustadora. Tinha medo, muito medo. Medo de morrer, medo que minha mãe ou meu pai Roberto morra, que minha vozinha morra, que algum dos meus irmãos morra. Perder um amor doi. E esses são os maiores amores da minha vida, junto com meus avós que ja se foram. Dói, pai. Dói ver como tudo aconteceu entre nós, como não resgatamos nossa missão aqui juntos. Pelo que soube você sempre gostou muito de viver, assim como eu. Deve ser por isso que tenho tanto medo da morte: eu amo a vida.
Estranho eu escrever uma carta agora, mas quero que de alguma forma essas palavras cheguem até você. Não sei se alguma vez eu te disse isso assim, com voz limpa e clara, mas eu gostava de você! Já brigamos, discutimos, não concordava com muitas atitudes e você sabe que não acredito nessa de morreu-virou-santo. Você nunca foi santo, pelo contrário. Mas tinha um coração bom e isso é muito bonito. Nunca vou esquecer de quando te visitei e você só perguntava pelo Alan ou o Junior... E eu apenas querendo um abraço seu. Escrevo isso com os olhos cheios de lágrimas.
Vi algumas fotos suas ontem. Fiquei olhando, olhando, olhando. Deu saudade de algo que nunva tive, pois sei que esse momento nunca vai voltar. Eu sei, a gente tem que entender quando a pessoa parte. Eu entendo, aceito, desejo que você encontre luz, paz, serenidade. Que viva bem, não sei em qual plano, não sei se é no céu, não sei se tem anjo, nuvem, não sei de nada (e, por enquanto, nem quero, pai). Hoje eu acredito que deve ter alguma coisa, é impossível a gente morrer e deu, fim, acabou. Deve ter uma outra espécie de vida, uma coisa diferente, sei lá. Um dia vou saber e, então, nos veremos de novo.
Às vezes, fica difícil acreditar. Até bem pouco tempo atrás as coisas eram diferentes. Mas a vida tem disso: leva pessoas que a gente gosta. Tento apagar da memória qualquer coisa ruim que lembre vc...hoje ta sendo Impossível te imaginar ali, deitado dentro daquele negócio estranho, imóvel, sem cor, sem vida. Não dormi esta madrugada, como se algo estranho tivesse acontecido...Acordei sentindo uma falta de não sei o que...Lembrei deste natal que te liguei e falou coisas tão bonitas. Fico pensando: será que você sabia? Aquele dia, quando falou de nós, sorriu, se emocionou de uma forma diferente. Parecia que estava adivinhando que não poderia ver de perto. Foi tão bonito eu te dando esporro por nao querer comer...
Posso pedir um favor? Segue o teu caminho. Não olha pra trás, mas manda energia boa pra vó. Ela precisa. Muito, demais, bastante. Se der, peço outra coisa: fala com algum chefão aí de cima e pede pra deixar ela boa de novo, como antes. Obrigada. Daqui, te mando luz e paz. Daí, manda luz e paz pra vó.
Com amor... Ariane.
 — com Ariosvaldo Sizino Franco e Ariosvaldo Sizino Franco Ariosvaldo.

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